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Como é feita a elaboração de uma newsletter?
“Uma newsletter precisa de informações rápidas e concisas. Quanto mais você conseguir resumir, melhor”.
Adalie Pritchard
Gabriel Buss atualmente trabalha como redator no Poder360, auxiliando na produção do Drive, uma newsletter premium do jornal digital. A newsletter tem três edições por dia: uma às 6 horas da manhã, outra meio-dia e uma no fim do dia. O trabalho do Buss é corrigir e redigir notas para essa newsletter. Mas antes disso, ele trabalhou na Agência Brasileira de Jornalismo! O Canal da Imprensa entrevistou o jornalista para saber um pouco mais sobre a produção de uma newsletter.
Canal da Imprensa: Em que consiste as suas tarefas como jornalista no Poder360?
Gabriel Buss: Eu trabalho dentro do Poder360 na newsletter. Eu faço esse trabalho montando quadro de imagens, legendas, tudo para essa newsletter. Para essa newsletter os repórteres e outros funcionários da empresa mandam notas e eu coloco no documento que a gente vai preparando. Também faço pelo menos uma reportagem econômica por semana. Às vezes é uma coisa mais simples, às vezes uma coisa mais elaborada. Também faço uma newsletter na sexta-feira de economia. Não é que faço, eu monto elas. A equipe de economia faz e a gente monta ela com os dados econômicos, resumos, etc. Essas são minhas principais funções. Também faço entrevistas no jornal com políticos, autoridades públicas e etc. Faço também o quadro “Fatos na Semana”, que é um quadro que conta os principais fatos da semana na política e no poder. Eu faço essa gravação na sexta e sempre vai no ar no sábado.
CI: Como é feita uma newsletter?
GB: A gente faz as nossas newsletters por assunto. No Poder360, a gente cobre política, economia e poder no geral como o judiciário, outras esferas da justiça e do poder público como governadores e prefeitos. Montamos a newsletter no Google docs e depois o pessoal da tecnologia padroniza ela. Geralmente a primeira coisa que vem é uma notícia de hard news ou uma apuração bem forte e exclusiva do jornal. Depois vem as outras notícias sobre poder, ou o que o presidente falou naquele dia, o que tá acontecendo no Palácio do Planalto. Depois vem notícias legislativas de congresso, Senado da Câmara e embaixo vem notícias internacionais, de tecnologia e mídia.
CI: Que tipo de alcance tem?
GB: O tipo de alcance que tem é para assinantes. É para assinante do Poder360. Basicamente hoje os nossos assinantes são da área de política e economia, obviamente, porque é uma newsletter para eles. Grandes empresários, políticos e ministros de estado, são as pessoas que mais leem nosso conteúdo porque o conteúdo, de fato, está voltado para um público mais enriquecido, uma classe A e B. São públicos bem específicos, a newsletter não é voltada para todo mundo. Claro, é uma leitura fácil e tranquila, mas o conteúdo em si não é voltado para todos os públicos.
CI: Como é a recepção do público?
GB: Eu não tenho muito esse feeling, porque como sou redator e não editor e tal, não tenho acesso ao receptor da newsletter. Quem teria esse acesso seriam outras pessoas. Não seria meu caso, porque eu só produzo ela mesma. No site a gente consegue ter porque o leitor sempre pode mandar mensagens para a gente, mas a newsletter é um outro departamento.
CI: Qual é o layout dos newsletters do poder 360?
GB: É um layout simples. Existe uma formatação certinha, então a genotnte tem um título em laranja com uma linha fina em “negrito” e a notinha de três e quatro linhas
CI: Quais são algumas dicas para escrever uma newsletter?
GB: Primeiro, ser extremamente conciso. Uma newsletter é para ser uma leitura rápida para a pessoa entender a notícia em três linhas e mais uma legenda e uma foto. É para a pessoa ler sem gastar tempo. Assuntos complexos precisam ser explicados de uma forma bem mastigadinha e rápida. O objetivo da newsletter é esse: a pessoa ter um acesso a maior número de informações em pouco tempo. Basicamente é isso, e ter o senso de apuração aguçado para saber de fato o que importa para o leitor e o que não importa. Tem notícias que são relevantes e tem notícias que não são tão relevantes assim. Precisam saber as principais informações. “Está chovendo em Pernambuco”. O que as pessoas precisam saber? Precisam saber quantos estão desabrigados, quantos estão desaparecidos, quantos morreram e se está sendo alguma coisa feita pelos órgãos públicos. É isso que eles precisam saber. Podem saber mais, se quiserem, através de um link que você pode deixar para a pessoa acessar a reportagem completa no site.
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