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Jornalismo de educação e sua falta de espaço dentro dos veículos midiáticos

  • 10 de maio de 2023
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  • Theillyson Lima
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Uma análise sobre como a educação é retratada dentro dos jornais brasileiros

Ana Júlia Alem

Jornalismo é a arte da comunicação. É o serviço profissional que coleta, redige, edita, publica e informa à comunidade sobre os eventos atuais. Neste texto, vamos falar sobre jornalismo, mas mais especificamente, vamos refletir sobre o jornalismo de educação. Ao meu ver, essa editoria é importante e carrega a responsabilidade de pautar e cobrir os acontecimentos dos mais diversos campos da educação, desde greves e manifestações até o cotidiano das escolas e universidades do país.

A jornalista Marta Avancini, antiga diretora do Jeduca (Associação dos Jornalistas de Educação), comentou durante o congresso Bett Educa, em 2017, que discutir a educação é essencial para a evolução da sociedade. Segundo ela, o jornalismo e a mídia, quando juntos, têm o poder de auxiliar na criação e desenvolvimento de políticas públicas.

Assim como ela, acredito que a educação é um tema prioritário para o nosso país. Porém, durante essa análise, percebi que, apesar de fundamental, não é um tema que recebe a mesma atenção que recebem as editorias de política, esporte ou economia, por exemplo. Sem mais delongas, vamos à análise.

O jornalismo de educação baseado em pesquisas

O jornalista Irineu Marinho, em 1911, criou o jornal “A Noite”. Algum tempo depois, tomou a decisão de vender o controle do veículo a um de seus sócios, mediante o compromisso de recompra das ações, porém, o acordo não foi cumprido e o jornalista perdeu o título do jornal. Depois de uma viagem à Europa, Irineu criou um novo jornal, e assim, surgiu o “O GLOBO”, o primeiro veículo a ser analisado nesse texto.

Durante os dias analisados – de 23 de abril até 01 de maio -, o veículo produziu apenas duas matérias para a editoria de educação: uma sobre o Novo Ensino Médio e outra sobre o número de psicólogos dentro das escolas brasileiras. A pergunta que veio em minha mente foi: será que não houve mais nada de tão importante durante esses dias?

Os dois textos produzidos pelo jornal foram extremamente relevantes. O primeiro deles, publicado em 24 de abril, apresentava uma pesquisa produzida pelo próprio veículo, o que me chamou atenção. O levantamento feito pelo O Globo revelava que o Novo Ensino Médio trouxe mais dificuldades para os estudantes brasileiros do que o que era planejado. A segunda matéria também era relevante, mas, novamente, se tratava de uma pesquisa.

Ao ler a primeira matéria, achei interessante o jornal ter produzido a própria pesquisa. Porém, após ler a segunda e perceber que também se tratava de um levantamento, deixei de lado a minha boa impressão. Como é possível que, em uma editoria tão importante quanto esta, fossem produzidas apenas duas matérias no período de uma semana? Não se enganem, as pesquisas são extremamente relevantes e necessárias, mas o jornalismo de educação é mais do que isso.

A resposta para a pergunta feita anteriormente é sim, houveram informações importantes que poderiam, e deveriam, ter se tornado pauta. Muitas coisas aconteceram no período de análise, por exemplo: o INEP divulgou o edital para a segunda etapa do Revalida 2023, o prazo para pedidos de isenção da taxa do ENEM estava encerrando, houveram ações que promoviam mobilizações sociais para discutir maneiras de diminuir a violência escolar, além de outras pautas fundamentais para a sociedade. Ou seja, o problema na editoria de educação não é carência de conteúdo, e sim falta de proatividade para produzir.

A Folha de S. Paulo e sua editoria de educação

O segundo jornal a ser analisado é a Folha de São Paulo. A história desse famoso veículo começou em 1921, com a criação do jornal “Folha da Noite”, que, após alguns anos, recebeu a versão matutina e vespertina. Em 1° de janeiro de 1960, os três produtos se fundiram e formaram o jornal Folha de São Paulo.

Durante os mesmos dias de análise, a Folha de S. Paulo produziu um total de sete textos para a editoria de educação. Desses, seis foram matérias factuais e uma apresentava uma pesquisa. Em comparação ao veículo O Globo, o jornal paulista publicou mais conteúdos, mas mesmo assim, é possível perceber uma falta de interesse em produzir matérias ou reportagens relacionadas à educação.

Em contrapartida, um ponto positivo do veículo é que, apesar de ser editado na cidade de São Paulo, ele abrange outros estados. Com isso, os conteúdos são maiores e mais diversos, fazendo com que as pessoas que se interessam por esses assuntos entendam mais sobre o que está acontecendo em outros estados ou cidades brasileiras. No dia 24 de abril, por exemplo, o jornal publicou uma matéria sobre a lei aprovada pela Câmara de Belo Horizonte, que proíbe o uso de linguagem neutra nas escolas. Para alguns, não parece importante, mas é uma pauta relevante para a sociedade e é interessante que esse assunto tenha seu espaço.

O espaço necessário

Após essa análise, percebi que para os dois veículos falta a proatividade e o interesse em buscar pautas e produzir conteúdos para a editoria de educação. Com certeza, isso não se deve pela irrelevância de assuntos relacionados à educação, já que ela faz parte do processo de formação de todos os seres humanos.

Porém, mesmo em meio a esse cenário, os dois jornais produziram conteúdos necessários para a população, o principal problema é a precariedade presente  em cada um deles. A resolução para essa dificuldade é bem simples: só precisam dar o espaço que a educação merece.

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