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HomeSessão Cutural“Se a mata e os animais morrem, do mundo nada restará”

“Se a mata e os animais morrem, do mundo nada restará”

  • 30 de setembro de 2019
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  • Thamires Mattos
  • Posted in Sessão Cutural
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Em “Tainá: uma aventura na Amazônia”, uma indiazinha é responsável por cuidar do maior bem do planeta: a natureza

Thaina Reis

O longa-metragem Tainá: uma aventura na Amazônia narra a história de Tainá, uma indiazinha de oito anos que vive na Floresta Amazônica. Guiada por seu sábio avô Tigê, Tainá aprende os ensinamentos de seu povo e também a ser uma guardiã da natureza. Ela passa a maior parte do dia andando pela mata e desfazendo armadilhas de caça. Umas das problemáticas apresentadas é a extinção do macaco barrigudo, Catu, que Tainá insiste em proteger da quadrilha de Shoba, um traficante de animais.

Um dos personagens mais importantes é o pajé. Ele representa o lado místico da Amazônia. Cenas de rituais são fortes e demonstram a espiritualidade dos índios. Tigê, antes de morrer, faz um discurso sobre a importância da Amazônia para o futuro do planeta e sobre a relação do índio com o meio onde vive: “Se a mata e os animais morrem, do mundo nada restará”. Após isso, deixa a neta como responsável por cuidar do bem maior do planeta: a natureza.

Em meio às fugas, a indiazinha conhece a bióloga Isabel e seu filho Joninho. Eles fogem para a mata e vivem alguns dias como índios de “verdade”. É possível observar os contrastes de mundos: a infância de um menino de cidade e uma indiazinha. Tainá o ensina a sobreviver na selva, em meio a tantos animais, enfrentando seus medos. A trama não deixa de valorizar os dois mundos. Vemos o crescimento de Juninho, que, antes, maltratava os animais. Depois que se deu conta da importância deles, passou a protegê-los.

O sucesso de bilheteria foi estereotipado e alvo de fortes críticas por retratar o índio e a Amazônia de forma clichê, como a maioria das produções cinematográficas para o público infanto-juvenil. No entanto, o filme apresenta realidades que antes eram desconhecidas. A história retrata o contrabando, extinção dos animais, desmistificação do índio, contraste entre o homem branco e o índio de forma cômica, além de destacar a importância da natureza para planeta.

O filme trata da exploração da caça de animais de uma forma inocente, e, talvez, isso seja seu defeito: a cada ano, milhares de animais silvestres são vítimas do tráfico no Brasil. 90% dos animais contrabandeados no país são pássaros. Na maioria das vezes, ainda filhotes, ou quando o ovo nem mesmo foi chocado, ficam vulneráveis ao comércio ilegal da fauna. O sistema, mais uma vez, prova ser falho, e em filmes de 18 anos atrás é possível ler nas entrelinhas como a natureza pedia socorro. Hoje, ela grita.

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