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Todo mundo em pânico

  • 14 de abril de 2020
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  • Thamires Mattos
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A cultura de massa foi, historicamente, a maior influenciadora do pânico moral

Rebeca Queiroz

O “Pânico moral” é um conceito de sociologia utilizado por Stanley Cohen pela primeira vez em 1972, no seu livro Folk Devils & Moral Panic – um estudo sobre a cultura pop. Ele queria definir a reação de um grupo de pessoas baseada na percepção falsa ou incrementada de que o comportamento de um determinado grupo (normalmente uma minoria) é perigoso e representa uma ameaça para a sociedade.

A cultura de massa foi, historicamente, a maior influenciadora do pânico moral. Muitos acontecimentos ao decorrer da vida humana tomaram proporções descabidas em relação ao que realmente estava acontecendo, justamente por causa do medo exacerbado de grande parte da população.

Geralmente o pânico moral ocorre quando a reação oficial ou dos veículos midiáticos a um fenômeno social ou cultural acaba se desviando da proporção real. O pânico deixa a percepção das pessoas errônea sobre certas coisas, fazendo com que elas não saibam discernir a proporção dos acontecimentos e tenham medo do desconhecido. Pode-se dizer que, em certos momentos de caos e destruição, o verdadeiro estrago não está nos fatos, e sim em nossas mentes.  A atitude tomada por alguém em estado de pânico moral pode gerar consequências irreparáveis para ela mesma e para quem está ao redor.

Muitas situações de pânico moral já ocorreram e ainda ocorrem na humanidade. Qualquer situação que foge do controle do ser humano e se torna uma ameaça, como a violência urbana, a violência associada ao terrorismo, os conflitos armados, as catástrofes naturais, as novas epidemias, os efeitos da poluição, tende a instaurar esse fenômeno. Entre os casos de pânico moral que vivem instalados na população, estão: tráfico de drogas em favelas (principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo); terrorismo no/vindo do Oriente Médio; catástrofes naturais, como tsunamis, furacões, tornados e queimadas.

Ao mesmo tempo em que múltiplas situações ocorrem causando a instabilidade da humanidade, outros acontecimentos fazem com que essa instabilidade dure mais tempo ou seja perpétua. A precariedade dos empregos, a situação financeira ruim da população, a dificuldade dos alojamentos e alimentação imprópria acabam intensificando o pânico moral.

A insegurança e o pânico moral provocados por situações deste tipo podem originar iniciativas de autodefesa que acabam prejudicando o andamento da solução. Dada a experiência do perigo que se passa, o pânico moral acaba se caracterizando pelo receio do que possa acontecer.

Muitas vezes, acontecimentos mexem com toda uma comunidade que é levada a tomar medidas descabidas por causa do pânico. O medo do desconhecido acarreta atitudes de proteção que podem burlar as leis e prejudicar outros. Por isso, o pânico deve ser controlado pelas instituições governamentais, pois uma vez que a população se sente em perigo, o caos está instaurado, e as atitudes tomadas acabam gerando consequências impensáveis.

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