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Substack, um jornalismo sem leis

  • 8 de junho de 2022
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Até onde pode ir a liberdade de expressão?

Camilly Inacio

Como temos visto nas últimas edições do Canal da Imprensa, o jornalismo atual tem migrado para o mundo virtual. As redes sociais e as plataformas de streaming exercem grande influência nesse ponto. Muitos jornalistas têm deixado os meios tradicionais para trabalhar de forma independente na internet, mas redes sociais como Facebook, Instagram e YouTube, funcionam com base nos algoritmos e publicidades, além de possuírem diretrizes de censura de conteúdo muito estritas.

Tendo isso em vista, para uma pessoa produzir renda de forma independente nas redes sociais, o foco não está no conteúdo em si, e em sua qualidade, mas na quantidade de pessoas que serão alcançadas. Do outro lado, para os consumidores, as redes se tornam um ambiente virtual cheio de conteúdos que não escolheram consumir, pois funcionam por meio dos algoritmos que enviam publicidades de acordo com cada usuário. 

Substack e as Newsletters 

Nesse meio surgem as newsletters, boletins informativos enviados através do e-mail que funcionam sem o trabalho de algoritmos. O usuário assina uma newsletter e recebe os conteúdos informativos diretamente em sua caixa de e-mail. 

O Substack é uma plataforma para a criação de newsletters por e-mail que possui mais de um milhão de assinantes em todo mundo atualmente. Para ser um assinante, basta colocar seu endereço de e-mail na newsletter desejada, e, para quem deseja, é bem simples se tornar um escritor.

Entre os benefícios para os consumidores desses boletins, está o fato de um consumidor receber apenas os conteúdos que ele escolher assinar. Em um texto publicado pelo próprio Substack, em uma newsletter própria chamada “News & Views”, os criadores dizem que o objetivo principal é facilitar o processo de que um usuário tenha os conteúdos que vai ter acesso escolhidos por ele mesmo.

As newsletters são uma nova forma de fazer jornalismo que vem se consolidando, mas ao contrário do que alguns pensam, esse formato não veio para tomar o lugar do jornalismo tradicional, mas para complementar. Grandes meios de comunicação tem investido em criar plataformas próprias para utilizar esse meio. 

Jornalistas independentes no Substack

As newsletters vem como uma revolução dentro do jornalismo virtual. Elas funcionam sem o trabalho de algoritmos e através do Substack os escritores recebem diretamente de seus assinantes, o que facilita o processo para gerar renda através desse meio.

Muitos jornalistas têm trocado meios habituais de fazer jornalismo e procurado novos meios na internet de produzir conteúdos. Com as newsletters esse trabalho é facilitado para a produção de renda. Um dos casos mais conhecidos é o de Glenn Greenwald, que é um dos mais bem pagos da plataforma. Outro caso é o de Tiago Leifert, que nos dois primeiros dias como escritor da plataforma já tinha acumulado 20 mil seguidores.

Diretrizes 

No texto publicado pela plataforma, os criadores também citam a importância que dão à liberdade de expressão e de imprensa. As diretrizes de conteúdo da plataforma são bem liberais, apenas pornografia, spam, doxxing ou assédio são estritamente proibidos, portanto, possuem poucas “regras” para controle de conteúdo. 

Isso pode ser muito vantajoso, visto que muitas pessoas podem expressar suas opiniões, bem como informações relevantes que não poderiam ser compartilhadas em um meio de comunicação tradicional ou mesmo nas redes sociais por conta das diretrizes que regem os ambientes. 

No entanto, existe um perigo iminente, já que, com a liberdade desenfreada vem a consequência da falta de controle de informações falsas, anticonstitucionais e preconceituosas, que podem ser disseminadas. Diversos escritores da plataforma já foram acusados de lucrar com negacionismo ou opiniões contraditórias. Entre eles, Joseph Mercola, Alex Berenson e o anteriormente citado, Glenn Greenwald. 

Portanto, cabe a reflexão sobre até onde vai a liberdade de expressão e até que ponto pode-se existir um controle dos meios de informação sem que isso reprima a própria liberdade de expressão?

 

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