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O que se passa na cabeça da CazéTV?

  • 24 de setembro de 2025
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  • Theillyson Lima
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Uma TV que parece gente: fala como a gente, erra como a gente, cresce como a gente.

Kleber Paim 

A linguagem que conecta

Nasceu na internet, com a cara da internet. Fala rápido, é espontânea, faz piada com o que acabou de acontecer, erra ao vivo, comenta memes enquanto ainda estão quentes. E, por isso mesmo, virou tão grande.

A CazéTV não é só um canal, é quase um espelho. Mostra quem somos, ou pelo menos quem gostaríamos de ser: descolados, bem-humorados, informados sem sermos caretas, e emocionalmente conectados com aquilo que nos afeta. Foi essa mistura de carisma com liberdade que levou milhões de pessoas a abandonarem a televisão tradicional e correrem pro YouTube, pro TikTok, pro celular.

Quando a brincadeira vira coisa séria

Quem acompanhou a Copa de 2022 sabe. Era impossível assistir aos jogos sem pelo menos conferir o que o Casimiro e sua equipe estavam comentando. A narração era engraçada, a reação era honesta, e tudo parecia mais leve, não porque o jogo estava fácil, mas porque ali a gente sentia que podia torcer e se emocionar sem aquele distanciamento típico dos narradores “de terno”.

Mas o sucesso tem um preço. E a CazéTV, como qualquer adolescente que cresce rápido demais, está agora enfrentando as dores de um crescimento que ela mesma talvez não tenha planejado.

As dores do crescimento

No começo, tudo é festa. A gente ganha seguidores, elogios, memes viram cortes, os números sobem. Mas, de repente, vem uma pauta delicada. Vem uma crise social. Vem uma denúncia grave. E aí, aquele mesmo público que te amava pelo bom humor começa a perguntar:
— “E aí, vocês não vão falar sobre isso?”
— “Cadê a responsabilidade?”
— “Não vão se posicionar?”

É nesse ponto que a CazéTV deixa de ser só entretenimento. Sem querer, ela virou uma referência. As pessoas não vão mais só pra rir. Vão pra se informar. Pra formar opinião. E isso muda tudo.

O peso da influência

O que era leve agora carrega peso. O que era meme agora tem impacto. E o que era só um grupo de amigos comentando futebol agora é, sim, um novo tipo de jornalismo, mesmo que não assuma esse nome. Isso não significa que precisa acabar a leveza. Mas significa que não dá pra fingir que nada mudou.

A confiança que não pode ser quebrada

É claro que ninguém espera que a CazéTV seja perfeita. Mas a expectativa é que ela entenda o lugar que ocupa. Se milhões de pessoas preferem assistir a uma entrevista com um ministro, uma jogadora de futebol ou um rapper ali, naquele sofá, e não mais nos grandes jornais da TV aberta, é porque há confiança. E confiança é algo que a gente não pode jogar fora.

Em um cenário no qual os jovens já não assistem ao Jornal Nacional, mas sabem de cor a escalação que o Casimiro comentou, a responsabilidade muda de endereço.

Leveza, sim. Mas com escuta.

E sim, a CazéTV ainda pode ser divertida. Ainda pode errar, rir, improvisar. Mas ela já não é só um grupo de amigos fazendo live, ela virou espelho de uma geração. E isso exige mais escuta, mais cuidado e, às vezes, menos fala e mais pausa.

Como qualquer relação, seja entre irmãos, amigos ou criadores e audiência, chega uma hora em que a gente precisa conversar com maturidade. Precisa rever atitudes, reconhecer erros, pensar antes de agir. Não para deixar de ser leve, mas para continuar sendo verdadeiro.

A missão de ser relevante

No fundo, talvez seja isso que está passando agora na cabeça da CazéTV: a descoberta de que ser relevante é um privilégio, mas também uma missão.

E se ela conseguir atravessar essa fase de transição com o coração no lugar certo, vai continuar sendo exatamente o que prometeu ser desde o começo: gente como a gente.

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