Jornalista trabalhando

O jornalista que todos conhecem

Theillyson Lima

Assistir séries e filmes é uma atividade que faz parte do cotidiano da população, ganhando cada vez mais espaço nos lares. Esse tipo de conteúdo, entretanto, tende a estereotipar determinadas pessoas, como colocar todos os engraçados da mesma forma, os líderes, as mulheres, os homens ou os políticos.

Isso acontece também com a figura do jornalista, que é retratada de maneira semelhante na grande maioria das produções. Vemos sempre um profissional agitado, enrolado financeiramente, com a vida pessoal deixada de lado e com uma carga de estresse muito grande. 

Isso pode ser visto desde produções antigas, como no filme o Cidadão Kane, dos anos 40, até coisas mais recentes, como a série Inventando Anna, lançada em 2022 pela Netflix. Será que nesse intervalo de 80 anos os jornalistas não evoluíram nada? Os problemas continuam os mesmos?

Em grande parte dos casos parece que os problemas realmente são os mesmos, sendo que a única coisa que mudou foi a tecnologia utilizada pelos jornalistas. Se no passado o problema era telefonar para as fontes e esperar que elas respondessem, hoje, o problema é mandar uma mensagem no WhatsApp e esperar a boa vontade da fonte para responder rapidamente.

Ainda que grande parte dos problemas continuem, não acredito que essa estereotipação do perfil do jornalista seja realista. A quantidade de novos trabalhos que a internet oferece, por exemplo, é um indício de que existem caminhos menos estressantes, por vezes com boa remuneração e que fogem do padrão apresentado nas telas.

Nesta edição do Canal da Imprensa, buscamos demonstrar diversas produções e os estereótipos dos jornalistas em cada uma delas. Você vai encontrar textos que falam sobre o jornalista com dificuldades financeiras, do excesso de problemas na vida pessoal e o estigma do profissional que manipula a informação. 

Além de discussões mais relacionadas com o dia a dia, também refletimos sobre o poder do jornalista para influenciar eleições e outros aspectos da sociedade. A assessoria de imprensa também entra na discussão, afinal, é uma das áreas que mais emprega jornalistas na atualidade. 

De todo modo, em uma era em que o jornalismo não se limita ao jornal impresso ou a televisão, a variedade de perfis do profissional também aumentou. Os estereótipos ainda existem, como em todas as profissões, no entanto, a profissão está em constante evolução e crescimento, o que gera um novo perfil a cada nova matéria.

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