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Departamento humorístico de polícia

  • 20 de maio de 2019
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  • Thamires Mattos
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Baseada em um humor mais humano, que não usa a depreciação ao próximo para ganhar fama ou fazer o público rir, Brooklyn Nine-Nine ainda é uma série policial, mas está longe de ser igual às outras do mesmo tema

Rebeca Queiroz

No ar desde 2013, Brooklyn Nine-Nine é uma série criada por Dan Goor e Michael Schur. A série, exibida nos Estados Unidos pela FOX até 2018, e, a partir desse ano, pela NBC, faz parte do catálogo brasileiro da Netflix e está na sexta temporada. O programa retrata o dia a dia de um grupo de policiais do 99º Distrito de Nova York, com o foco nos casos policiais e a vida do detetive Jake Peralta e de seus colegas e amigos Amy Santiago, Rosa Diaz, Charles Boyle, Norm Scully, Michael Hitchcock, Gina Linetti, Terry Jeffords e o capitão Raymond Holt,

O início da série marca a chegada de Raymond Holt, o novo capitão da delegacia. além de ser um policial negro, Holt também é gay. A partir daí, assistimos o desenvolvimento da relação do novo capitão com os detetives e outros membros do precinto, fazendo com que eles levem seus trabalhos um pouco mais a sério. Ironicamente, isso faz com que a história seja mais divertida.

Brooklyn 99 possui duas personagens femininas latinas: Rosa Diaz e Amy Santiago. Ambas são independentes e talentosas. Amy é considerada uma detetive exemplar da delegacia, por ser ambiciosa e extremamente organizada. Ao decorrer da série, ela se torna o par romântico de Jake Peralta. O relacionamento se desenvolve de maneira respeitosa e com crescimento mútuo. Já Rosa Diaz é, aparentemente, o estereótipo da badass. Motociclista, fã de jaquetas de couro e ambiciosa, ela não leva desaforo pra casa. No entanto, existem nuances em sua personalidade: Rosa gosta de ambientes bem decorados, filmes de romance, e, na quinta temporada, assume que é bissexual.

Essas personagens fogem do padrão de Hollywood e representam as minorias. Além delas, dois dos principais personagens da série são homens negros em posições de poder. Terry Jeffords, sargento e superior direto dos detetives, e Holt – citado anteriormente –, que ocupa a mais alta função em uma delegacia policial de Nova York.

Jeffords protagonizou um dos momentos mais marcantes da série. O episódio 16 da quarta temporada, “Moo Moo”, retrata o sargento sendo abordado por outro policial em seu próprio bairro, ao mesmo tempo em que Amy e Jake são responsáveis por cuidar das filhas de Terry por uma noite. Enquanto Jeffords lida com o racismo policial já muito conhecido pelos homens negros nos Estados Unidos, Amy e Jake lidam com perguntas difíceis vindas das meninas sobre o mesmo assunto. Aí, já descobrimos que a série deseja mostrar que qualquer forma de preconceito não tem bases racionais. Se não é papo de criança, não deveria ser realidade de adulto.

A série é uma das comédias mais interessantes e completas da atualidade. Seu elenco é talentoso e diverso; suas histórias são divertidas, e abordam temas com os “pés no chão”. Baseada em um humor mais humano, que não usa a depreciação ao próximo para ganhar fama ou fazer o público rir, Brooklyn Nine-Nine ainda se trata de uma série policial, mas está longe de ser igual às outras do mesmo tema.

A comédia tem consciência social e qualquer um percebe isso. As referências que a série traz – tanto sobre a cultura pop quanto sobre a sociedade em um aspecto geral – são inúmeras, mas nunca cansativas. Acima de tudo, a Brooklyn Nine-Nine é verdadeiramente engraçada, e, assim como as melhores comédias, nos faz amar cada personagem, promove reflexões, e, em alguns momentos, nos arranca algumas lágrimas. Tudo isso no momento certo.

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