Precisamos fortalecer o jornalismo regional
- 26 de outubro de 2022
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- Theillyson Lima
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Theillyson Lima
A diversidade no jornalismo é um grande destaque quando feita de modo eficiente. Existem regionalismos, conhecimentos específicos e até mesmo o sotaque, que dificultam a compreensão de algumas pessoas, mas por outro lado trazem riqueza de vocabulário e conteúdo.
Apesar disso, conhecemos muito pouco do jornalismo regional que é feito distante do local em que vivemos. Você conhece algum jornal da região norte do Brasil? Já assistiu televisão no Rio Grande do Sul? Se você não mora em nenhum desses locais, acredito que seja muito difícil conhecer o que é produzido por lá.
Com um país com tamanho continental, é normal que a população não seja capaz de compreender tudo o que acontece, em cada local. Entretanto, também é acostumada a não buscar nada fora dos canais mais tradicionais, como Globo, G1, Folha de São Paulo, Estadão, entre outros.
Outro ponto que pode chamar a atenção são os sotaques no telejornalismo. Algumas pessoas acreditam que ele afasta o público, enquanto outras defendem que ele é uma forma de personalização do conteúdo. Nesta edição, trouxemos dois que defendem uma destas teorias. Qual será a melhor opção?
Com esta problemática em discussão, optamos por analisar diferentes produtos jornalísticos de todas as regiões do Brasil. Sendo assim, alguns telejornais foram analisados, assim como jornais regionais, com a intenção de entender como o jornalismo é feito nesses locais, compreendendo os pontos fortes, fracos e interessantes.
Por meio dos textos desta edição, percebemos que muitos jornais regionais aproveitam os conteúdos de agências de notícia, uma tendência que deve ser analisada ao estudarmos mais sobre cada região. Conteúdos específicos dos locais são cada vez mais escassos, assim como o tamanho das equipes, algo que explica a intensa utilização de notícias de agências.
Lutar pelo fortalecimento do jornalismo regional é importante para que as diferenças sejam notadas, trabalhadas e, principalmente, noticiadas. Além disso, é uma forma de fortalecer o mercado local dos jornalistas, oferecendo mais opções de emprego nas regiões, não apenas em São Paulo ou Rio de Janeiro.