Objeto voador não identificado

Os OVNIS têm lugar no imaginário brasileiro e no Arquivo Nacional

Registros oficiais de Objetos Voadores Não Identificados podem ser acessados pela população

Mariana Santos

Algumas teorias da conspiração alcançam tanta visibilidade que se tornam parte importante da história, contudo, algumas delas não se limitam apenas a um período. As teorias envolvendo OVNIS, ou Objetos Voadores Não Identificados, foram elaboradas em países do mundo inteiro, mas no Brasil o assunto foi levado tão à sério que conquistou espaço na mídia ganhando destaque nos jornais até hoje.

Em 1969, o jornal Correio Braziliense dedicou espaço para matérias que nem tentavam colocar em dúvida a veracidade de aparições extraterrestres. Manchetes como “Lins Alerta: nova aparição de discos” e “Médico tira 4 fotos do disco-voador”, não eram estranhas ao público leitor, pelo contrário, se tornavam assunto nas mesas de jantar e rodas de conversa pelas cidades.

O brasileiro de cinquenta anos atrás não era diferente do resto do mundo. Foi justamente nessa época que a corrida espacial motivou os Estados Unidos a conhecerem a Lua (essa teoria da conspiração é outra que também rende assunto), e é claro que o imaginário da população norte-americana foi inundado de perguntas acerca da aparência e comportamento dos extraterrestres.

Por mais que atualmente a população tenha se tornado mais cética quanto às aparições dos OVNIS, notícias sobre visitantes de outros mundos continuam alimentando as teorias mais absurdas. O ex presidente Barack Obama recentemente admitiu que o governo dos EUA tem registros oficiais das aparições de OVNIS, porém tal fato não deveria surpreender o brasleiro, uma vez que seu próprio país também mantém registros desse tipo.
No Arquivo Nacional podem ser vistos documentos que antes eram confidenciais, mas que, devido à falta de necessidade, hoje são públicos. Nos documentos existem cálculos, rascunhos e inclusive depoimentos de militares que alegam ter presenciado aparições de OVNIS. O caso do ET de Varginha, que completou 25 anos em 2021, foi um exemplo claro de como a mídia nacional aceita de forma quase carinhosa as teorias do povo, porém, não restam dúvidas de que as teorias, não passam de teorias.

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