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Favela

Tiros e mortes: o dia a dia das favelas cariocas

  • 14 de setembro de 2022
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Presença de policiais em comunidades não é mais sinônimo de proteção, mas medo e incerteza.

Franciele Borges 

Se você é um consumidor de notícias, principalmente pela TV, certamente já teve uma reação de espanto ou medo ao ver e ouvir sobre a violência nas favelas cariocas. Crimes por todo lado, arrastões nas praias, sequestros, confrontos entre bandidos e policiais, invasões e julgamentos feitos pelos tribunais ilícitos dos traficantes, são as principais e mais corriqueiras notícias dadas ao telespectador no Brasil. 

Também deve conhecer sobre as periferias e favelas do Rio de Janeiro, pois lá surge o protagonismo de toda onda de crimes quando comparado às demais regiões onde o tráfico de drogas e armas se concentram, e sendo o berço dos traficantes mais temidos e conhecidos do Brasil e da América Latina. Alguns nomes para refrescar a memória dos mais velhos e apresentar aos mais novos: Fernandinho Beira-Mar, considerado um dos maiores traficantes de drogas e armas da América do Sul; Bem-Te-Vi, um cearense que atuou desde 2004 no tráfico do Rio; Lulu da Rocinha, o queridinho dos moradores devido seu assistencialismo dado às comunidades e Elias Maluco, preso desde 2002, acusado por mais de 60 assassinatos e autor do sequestro e morte do jornalista Tim Lopes, fato ocorrido no mesmo ano da prisão. A lista continua…

Resumidamente qualquer pessoa que sentasse para assistir ao Jornal Nacional, por exemplo, poderia falar o que acontece de ruim na Cidade Maravilhosa sem nunca ter colocado os pés lá. Afinal, notícia tem o dever de informar. 

Mas será que é tudo isso que acontece? Ou melhor, somente isso que pegam como pautas para passar no jornal das 20 horas? Bem, tanto a TV, como jornais impressos e digitais, redes sociais e outros meios de comunicação, estão prontos para colocar no ar as informações mais relevantes de cada região. O Rio de Janeiro é uma cidade conhecida mundialmente, embora para o exterior não seja a imagem de tráficos e assassinatos que transmitem, não é? 

O portal G1 tem incontáveis notícias e reportagens a respeito das favelas mais conhecidas da cidade. Estar informando algo que seja rotineiro ou eventual, significa a extensão do jornalismo em locais de pouca beleza e com uma dificuldade social que sofre a intervenção dos traficantes. Tim Lopes foi um caso nítido. 

Como a mídia mostrou ao público 

O Jornal Nacional e o portal noticiaram uma operação policial no Complexo do Alemão que deixou 18 mortos em 21 de julho de 2022. O alvo eram as quadrilhas ligadas a uma das maiores facções criminosas do Rio, envolvidas no tráfico de drogas e por roubo de cargas e roubo de carros. Nas ruas, a repórter e o cinegrafista registram a indignação dos moradores da favela, pois as polícias civil e militar estavam despreparadas para atuar. “É esse terror toda vez que tem operação policial, é sempre isso”, diz um morador.

A reportagem no JN durou cinco minutos dando ênfase à revolta e incredulidade dos que acompanhavam a correria dos carros de polícia em busca de mais prisões. No entanto, o que era para ser usado em defesa da comunidade, se tornou em algo contrário. Corpos  jogados pelo chão que os policiais alvejaram sem os identificar, sendo da responsabilidade dos amigos e familiares de carregarem os corpos em lençóis até o atendimento mais próximo.  De foragidos a pedestres comuns, não tiveram escolha e nem chance de defesa. 

Nesse recorte do que aconteceu há alguns meses, é notável que quando aparece uma reportagem falando de Rio de Janeiro e como as comunidades são tratadas pelas autoridades, o pior sempre é mencionado. Porém, se não fosse a incapacidade profissional de cumprir com o objetivo de prender os criminosos que lideravam as quadrilhas, algumas pessoas poderiam continuar vivas hoje. A reportagem fez questão de mencionar que “o Complexo do Alemão foi vivendo mais uma das suas rotinas em dias de operação policial.”

Nessa reportagem ficou explícita a forma bruta e nervosa com que os homens da Lei atuaram, colocando em risco a vida de cidadãos inocentes. A associação entre favela e violência no noticiário cotidiano constrói um lugar singular para os espaços populares na cidade do Rio de Janeiro: o de portadores do risco contemporâneo. Esta imagem não apenas produz um estigma de fora para dentro, mas atua no próprio interior da favela como vetor da subjetividade de seus moradores.

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