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A soberania é nossa

  • 30 de setembro de 2019
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  • Thamires Mattos
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75% dos brasileiros acreditam que a Amazônia deve ser totalmente administrada pelo Brasil. Assim, nota-se similaridade de ideias entre esquerda e direita em ao menos uma causa

Leonardo José

A enorme biodiversidade existente no Brasil é reconhecida pela maior parte da população mundial. Podemos nos orgulhar da maior floresta tropical do mundo, a Amazônica. Entretanto, nos últimos meses, ela foi vítima de ataques de grileiros, que buscam, através da violência expandir espaço para investir na agronomia.

Com o aumento das queimadas, a mídia internacional passou a dar ampla cobertura aos casos. Inevitavelmente, chefes de estado tomaram partido e decidiram se manifestar sobre a floresta, que muitos dizem, de modo errôneo, ser o pulmão do mundo. Dentre os discursos em defesa da Amazônia, chamou a atenção de muitos o embate travado entre Jair Bolsonaro e o presidente da França, Emmanuel Macron.

Em 24 de setembro de 2019, a Assembleia Geral da ONU convocou os chefes de estado para o tradicional encontro anual de líderes. O tema central foi o clima e a preservação da Amazônia. Tradicionalmente, o Brasil abre a discussão desde 1949. Como previsto, o presidente Bolsonaro afirmou que o Brasil é o país que mais preserva o meio ambiente. Em contra-ataque, Macron recomendou que países não negociem com nações que não estejam engajadas com as questões climáticas, complementando que a Floresta Amazônica é pauta central neste tema.

Com a intervenção internacional, tanto midiática quanto política, o debate sobre a soberania brasileira em relação a Amazônia tomou conta da narrativa presidencial. Sendo assim, é curioso notar a união entre lados costumeiramente polarizados. De acordo com pesquisa realizada pelo Datafolha, realizada em agosto deste ano, 75% dos brasileiros acreditam que a Amazônia deve ser totalmente administrada pelo Brasil. Sendo assim, nota-se uma similaridade de ideias entre esquerda e direita pelo menos em uma causa.

A pergunta eminente é: de onde veio a preocupação pela nossa soberania territorial referente à Amazônia? Pois bem, factualmente neste ano, com os casos de queimadas aumentando exponencialmente. O Governo Federal diz que elas ocorrem de acordo com a seca, e que a mídia supostamente não se preocupava com a preservação das matas nos governos anteriores. Já a oposição, incluindo lideres internacionais, afirmam que a Amazônia é tema central na sustentabilidade, e que o descaso com a floresta aumentou.

A dissidência que surge com a interferência internacional é sobre qual seria a real intenção dos demais países. Ambos os lados da polarização enxergam com desconfiança. Bolsonaro vê como oportunismo as críticas de Macron, que passa por diversas críticas sobre o seu governo, inclusive com protestos e pedidos de impeachment. Já a esquerda diz temer uma forma de ocupação territorial, que surtira em privatizações de uma área de interesse ambiental. Apesar de razões serem diferentes, a maioria dos parlamentares atuais são contra qualquer forma de intervenção.

Divergências sempre surgirão, seja em regime de exceção ou em uma democracia saudável. O que vale é a boa intenção e cordialidade entre as partes. Todavia, é importante lembrar da história. Não é comum algum país intervir em outro com boas intenções para o povo local. Sendo assim, é plausível que, apesar de haver diversas críticas à competência brasileira em preservar a Amazônia, deva-se pôr em questão quais medidas serão tomadas em caso de controle internacional, e se algum governante ou investidor estrangeiro conhece e se importa mais com a Amazônia que os próprios indígenas e brasileiros. A Floresta Amazônica é essencial para o planeta. Entretanto, se para o mundo ela representa estabilidade climática, para os povos indígenas nativas dos da região é isso e muito mais. É a sua moradia, solo sagrado em que se preserva humanidade, tradição e identidade.

O direito aos povos indígenas não pode ser negociado, pois eles são os herdeiros dessas terras. E não há método mais eficaz de proteger a Amazônia do que respeitando as demarcações de terras indígenas. Ninguém pode ser mais interessado em cuidar do seu lar do que seus próprios moradores. E, desde que o homem caucasiano chegou ao Brasil, o respeito à natureza e ao povo indígena jamais foram causas centrais.

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