Realidades, estereótipos e sensibilidade
- 3 de abril de 2024
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- Theillyson Lima
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Theillyson Lima
Retratar uma realidade que é diferente da qual se vive é uma tarefa complicada, que se torna ainda mais difícil quando é necessário mostrar a realidade das pessoas com deficiência. Vários motivos podem explicar essa dificuldade, como o fato de não ter uma deficiência, ou não conviver com pessoas que tenham, ou simplesmente não conseguir se colocar no lugar do outro.
As produções cinematográficas passam por esses e outros erros no processo de contarem histórias que sejam sobre as pessoas com deficiência ou até mesmo quando elas são apenas mais um personagem. Soma-se às dificuldades anteriormente citadas, problemas relacionados aos estereótipos sobre o grupo também são muito comuns.
É normal assistir um filme ou série que retrata a jornada do herói da pessoa com deficiência, que é retratada como alguém que sofre, que tem muitas dificuldades, mas que apesar dos seus problemas supera tudo e conquista o que deseja. Não há nada errado em mostrar uma pessoa que venceu, mas essa realidade não é a única existente e não é exclusiva das pessoas com deficiência.
Outra dificuldade é ter personagens com deficiência que não sejam o centro da história, ou seja, ou a história é sobre eles ou eles não estarão presentes. Parece que as pessoas com deficiência não estão presentes em nenhum ambiente corporativo, ou nas famílias, ou em outros contextos.
Nesta edição do Canal da Imprensa, analisamos produções que contam a história de pessoas com deficiência. A ideia é entender como o cinema retrata esses personagens, os estereótipos, as fugas deles e as boas lições que podem ser aprendidas nesses produtos. Encontramos histórias muito bem retratadas, outras com mais problemáticas do que pontos fortes.
Dedique um tempinho para analisar como é sua percepção sobre essas produções e encontrar os pontos fortes e fracos. As deficiências estão presentes em nosso dia a dia e entender mais sobre cada uma delas e suas peculiaridades é fundamental para que evitemos estereótipos e reforcemos positivamente o que existem de bom.