• Home
  • Sobre o Site
  • Quem Somos
  • Edições Anteriores
Log In

  • Home
  • Sobre o Site
  • Quem Somos
  • Edições Anteriores

HomeAnálisesO jornalista ausente do próprio jornalismo

O jornalista ausente do próprio jornalismo

  • 24 de setembro de 2025
  • comments
  • Theillyson Lima
  • Posted in Análises
  • 0

Jornalista: talvez nem tão necessário assim.

Késia Grigoletto

O título do texto é um grande contrassenso, no entanto, apesar disso, não é algo fictício ou situado no campo das abstrações. O exercício jornalístico nunca exigiu um diploma no Brasil, mas, após a pandemia, a desinstitucionalização do ofício permitiu que um influencer pudesse fazer uma cobertura jornalística sem que fosse necessário nenhum tipo de preparo, estudo ou estrutura. 

A desinstitucionalização do jornalismo significa, em grande parte, a substituição de uma estrutura formada por interesses comunitários que ditam as diretrizes de como o jornalismo deverá ser feito atualmente. Um grande exemplo disso é o Léo Dias, que ao invés de informar presta um desserviço para a sociedade, ao se colocar em uma posição de jornalista. É como se a notícia estivesse perdendo o seu real valor para dar espaço a causas ou pautas benéficas para determinados grupos, quase como se nela houvesse um valor comercial. 

O colapso institucional causado por esse cenário colocou “o dever com a verdade” em uma situação que acaba por colocar os fatos em risco. Outro fenômeno, que também surgiu dentro desse espectro, é o jornalismo independente, que sempre corre o risco de não permanecer por falta de recursos. Algo que poderia ser facilmente resolvido com apoio de verbas governamentais direcionadas para o fim informacional. 

Uma morte que não pode ser admitida 

Doa a quem doer, o jornalismo baseado na verdade, que preza pela apuração profunda de fatos, que por vezes exige longas investigações, não pode ser simplesmente deixado de lado por conta dos interesses sociais. Afinal, estes, nem sempre, admitem a verdade acima de qualquer asserção pronunciada por alguém que diz não ignorar os pormenores. 

O exercício pleno da cidadania depende do jornalismo que se baseia na realidade factual e que não se isenta de apresentá-la de maneira clara e objetiva. O jornalista possui como dever soberano, representar o interesse de todas as pessoas.

Obviamente que com a mudança de gerações, passou-se a ter leitores ativos, que não se enquadram apenas como meros receptores de informação e a despeito deste fato, o jornalismo mais tradicional também precisa se adequar. Isso requer flexibilidade e dinamicidade, entretanto, não a ponto de permitir que um influencer possa fazer ou deva fazer uma cobertura jornalística.  

Mesmo em meio a tantas mudanças, o praticar cotidiano do jornalismo exige uma reflexão em relação ao dever do jornalista para com a sociedade. O meio midiático, quando utilizado de maneira equivocada, pode se tornar uma máquina de manipulações que favorece o interesse de alguns em detrimento de outros. 

As mudanças que aconteceram no meio jornalístico ao longo dos últimos anos, priorizou o crescimento de fatores que não apenas minam o ato de noticiar na essência, mas que esgoela que o jornalismo não passa de um mero garoto de recados a serviço das grandes agências publicitárias, empresários, políticos, grandes marcas e até mesmo organizações criminosas. 

A escrita desse texto, apesar de conformista, é dolorosa. Isso acontece porque o querer exercer uma profissão descredibilizada e que muitas vezes é deixada de lado por um comentarista político como o Adrilles Jorge- que se intitula dessa forma sem nunca ter lido “O Capital” de Marx ou a Política da Prudência de Russel Kirk – é um despautério que beira a causar loucura. 

Dentro de todo este panorama, e ao considerar todo o histórico da imprensa, a grande pergunta que fica é: será que em algum momento da história, o jornalismo realmente foi comprometido de fato com aquilo que é verdadeiro? Será que dentro de tantas mudanças apresentadas ao longo desta edição da revista, a maneira como o jornalismo lida com os fatos e realidades se transformou ou apenas se adaptou ao que era mais cômodo socialmente e ao que geraria um maior engajamento social? 

Post Views: 107

Related Posts

comments
Análises

GeTV: a aposta digital da Globo

comments
Análises

Aparência e credibilidade

comments
Análises

O que se passa na cabeça da CazéTV?

GeTV: a aposta digital da Globo

  • 24 de setembro de 2025
  • comments

Em busca de um jornalismo relevante

  • 24 de setembro de 2025
  • comments

Share this

0
SHARES
ShareTweet

About author

Theillyson Lima

Related Posts

comments
Análises

GeTV: a aposta digital da Globo

comments
Análises

Aparência e credibilidade

comments
Análises

O que se passa na cabeça da CazéTV?

comments
Análises

O português perdeu o fôlego

Tags

  • #diploma
  • #edição234
  • #jornalista
  • influenciadores
  • Jornalismo
  • Mudanças

Comments

Copyright © 2019 Unasp Engenheiro Coelho