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Globo.com: a maior vitrine do jornalismo brasileiro

  • 4 de junho de 2025
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  • Theillyson Lima
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Em menos de 25 anos, a globo.com testou, inovou e se consolidou como referência no jornalismo digital.

Gabrielle Ramos 

Assistir novelas, o Jornal Nacional e o Big Brother Brasil já fez ou faz parte da rotina de muitos cidadãos brasileiros. Isso explica o destaque que a TV Globo tem na vida dessas pessoas. Mas, ao falar de internet, a história pode ser diferente. Afinal, o tipo de conteúdo disponível no meio online é muito diversificado, desde redes sociais, serviços de streaming, sites de notícias, jogos e muito mais. É nesse contexto que os 25 anos da globo.com questionam sua relevância atual.

A globo.com foi inaugurada em 2000 após o sucesso do site piloto na Copa do Mundo de 1998, que reuniu a produção de O Globo, TV Globo, SporTV e Sistema Globo de Rádio. No início, foram estabelecidos os pilares de conteúdo a serem oferecidos, os quais permanecem até hoje: notícias, entretenimento e esportes. 

Jornalismo online

Desde a criação da globo.com, diversos marcos foram alcançados. Em 2001, a cobertura do Carnaval, em parceria com o Globo On Line e a TV Globo, e a criação do site GloboNews, que reunia chamadas de vários veículos, destacaram a atuação da Globo no jornalismo online. Após o atentado de 11 de setembro, o site registrou recordes de acesso, com 264 mil visitantes no GloboNews e 104 mil no Globo On, entre 8h e 15h.

Devido à alta demanda, foi necessário aumentar a capacidade de acesso do site, que passou de 100% para 150% da sua capacidade inicial. Esse foi apenas o começo do crescimento acelerado da globo.com. Em 2003, o GloboNews.com e o Globo On Line se uniram, formando o Globo Online. Três anos depois, o site se transformou no que hoje conhecemos como G1, o maior portal de notícias nacional.

Na mesma época, a homepage da globo.com foi reformulada, por meio da adoção de cores específicas para cada segmento de notícias. Esta é uma referência que permanece até hoje e ajuda na organização do conteúdo, verde para esportes, amarelo para entretenimento e vermelho para notícias.

Entretenimento: do texto ao streaming 

Ao longo desses 25 anos, a globo.com investiu em entretenimento em diversas áreas, com destaque para os sites de conteúdo escrito, como o Ego, lançado em 2006, e o TVG, criado em 2013. Atualmente, ambos foram descontinuados para dar lugar ao Gshow, que reúne uma variedade de conteúdos, incluindo notícias de celebridades do Brasil e do mundo.

Essa ferramenta permitiu interações em tempo real no Big Brother Brasil por meio do site, que incluíam imagens das câmeras e chats com os eliminados nos dias de eliminação. Com o passar dos anos, a votação, que antes era feita por telefone e SMS, passou a ser realizada online. Em 2020, esta edição do BBB entrou para o Guinness World Records ao registrar 1 bilhão de votos em um único paredão, durante a eliminação de Felipe Prior.

Outro marco foi a criação de um repositório para conteúdos exibidos na TV e no rádio. Em 2004, o Globo Media Center (GMC), que antes oferecia apenas trechos de programas da televisão, foi atualizado para disponibilizar a íntegra dos conteúdos até o dia seguinte à sua exibição.

Esse serviço deu origem, em 2010, ao Globo.tv+, que tornou o conteúdo da programação e do acervo da Globo acessível em dispositivos como computadores, celulares e tablets. Desde 2015, o que começou como um serviço de armazenamento evoluiu para produções autorais destinadas ao streaming por meio do Globoplay, com 25 milhões de usuários mensais.

Segmentação: esportes e tecnologia

Em anos anteriores, projetos menores com a temática esportiva já haviam sido desenvolvidos, mas foi em 2005 que a globo.com passou a investir de forma mais robusta em conteúdos exclusivos. Nesse ano, foram lançados o Globo Game Center, com 20 mil títulos cadastrados, e o jogo eletrônico Cartola FC, que permanece ativo até hoje. Também o globoesporte.com, atualmente conhecido como ge.com.

Em 2006, pela primeira vez, a Globo transmitiu ao vivo todos os jogos da Copa do Mundo, por meio de uma integração inédita entre TV aberta, TV por assinatura, internet e celular. No ano seguinte, o portal do globoesporte.com já assumia a liderança em audiência no segmento esportivo, uma posição de destaque que mantém até hoje.

Acompanhando a tendência de segmentação por nichos, em 2010 foi lançado o TechTudo, site voltado para informações sobre jogos, eletrônicos, celulares, tablets e softwares. A iniciativa ampliou ainda mais o alcance da globo.com em diferentes áreas de interesse do público.

Esses conteúdos, ao longo dos anos, consolidaram-se como referência no jornalismo especializado. Atualmente, o portal Globo.com se destaca com o GE, voltado para esportes, e o Valor Econômico, especializado em economia.

Serviços digitais

Além da variedade de conteúdo, um dos grandes atrativos iniciais do portal foi o acesso gratuito ao correio eletrônico e aos chats, que incluíam até bate-papos com artistas da emissora.

Apenas dois dias após sua inauguração, o site já registrava 2,39 milhões de pageviews e mais de 15 mil cadastros de e-mail. Em apenas oito meses, o serviço de e-mail gratuito já contava com 1 milhão de usuários cadastrados.

Com o avanço da tecnologia e o uso cada vez mais frequente dos e-mails, a demanda por espaço cresceu. Como resposta, globo.com lançou o GloboMail Plus, uma versão paga do serviço com 10 GB de armazenamento. Em 2003, também anunciou a entrada no mercado de provimento de acesso à internet, por meio de serviços de banda larga e discada (dial-up). 

No entanto, atualmente, a empresa não atua mais com esses serviços. Essa mudança reflete a evolução da plataforma, que passou a investir em novos formatos de conteúdo, como o streaming, a fim de consolidar sua atuação em áreas mais alinhadas ao consumo digital contemporâneo.

A vitrine da globo.com

No início, a globo.com era formada por uma série de conteúdos testes para identificar o que funcionava melhor. Hoje, esse processo se consolidou em um conteúdo majoritariamente jornalístico. Até mesmo as seções relacionadas a esportes e entretenimento possuem um caráter informativo, que é uma das características do jornalismo.

Esse destaque não se deve apenas à alta produção de conteúdo, mas também ao grande volume de consumo por parte do público. Para minha surpresa, ao explorar esse conjunto de sites, descobri que existem seções como “Quem” e “Receitas”, dedicadas a curiosidades sobre famosos e à culinária, respectivamente, que eu nunca havia acessado antes.

Nesse sentido, o diretor-geral de Jornalismo em 2025, Ricardo Villela, explica bem o que é a globo.com ao usar o termo “vitrine para a diversidade de conteúdo do Grupo Globo”. Afinal, o uso da internet, potencializa o alcance e permite que usuários de qualquer lugar acessem os conteúdos diariamente. 

Mas quando falo em acessibilidade, não me refiro apenas à presença online, que em 2023 atingia 92,5% da população brasileira, segundo o IBGE, mas também ao layout da plataforma. A ideia proposta no início, sobre a divisão por cores, permanece até hoje como uma marca registrada. Basta um olhar rápido para perceber que o que as cores representam e encontrar o conteúdo desejado, que muitas vezes é uma problemática em outros portais.

Liderança no jornalismo

Em dezembro de 2000, logo após seu lançamento, a globo.com já ocupava a quarta posição entre os provedores de conteúdo, com 155 milhões de acessos, enquanto o UOL liderava. Esse já era um resultado expressivo para a época. Já em abril deste ano, o site ocupava o terceiro lugar, atrás apenas do YouTube e do Google, segundo o blog Semrush.

Diante disso, é possível ver que a mudança nesses 25 anos é significativa. Em 2000, o UOL alcançou 555 milhões de visitas apenas no mês de dezembro. Já em 2024, a Globo.com é o site jornalístico com mais acessos, somando 551,9 milhões em abril.

Outro aspecto importante é a referência no setor. No início, a globo.com não era considerada uma referência em jornalismo digital. No entanto, após 25 anos de trajetória, essa realidade mudou. Em 2024, o próximo site jornalístico no ranking, o UOL, registrou 299,84 milhões de acessos, praticamente a metade. Outros veículos como Terra, Metrópoles e CNN Brasil só aparecem após a vigésima posição, o que demonstra uma discrepância imensa. Ou seja, a globo.com possui atualmente uma liderança praticamente sem concorrência no quesito audiência jornalística.

O que mais impressiona, porém, é que outros sites que poderiam, teoricamente, ter mais acessos, como as redes sociais, não superam a globo.com. Ela só não ocupa o primeiro lugar porque está atrás apenas do Google e do YouTube, que atingem patamares muito superiores devido à sua abrangência e diversidade de conteúdos.

Assim, o caminho percorrido pela globo.com, que começou como uma aposta experimental, hoje representa a consolidação do principal portal jornalístico do país. Esse título não se deve apenas à expressiva quantidade de acessos, mas, sobretudo, à qualidade e diversidade dos conteúdos oferecidos. Isso é um reflexo do compromisso que o portal tem em alcançar o maior número possível de pessoas.

Além disso, a globo.com é um exemplo de como, no ambiente digital, inovação e credibilidade são pilares indispensáveis. O portal soube deixar de lado o que não funcionou ao longo dos anos e investir no que trouxe resultados positivos. Mais do que isso, foi capaz de apostar em tendências que representavam o futuro, ao mesmo tempo em que abandonou práticas que já não condiziam com seus princípios éticos, como o caso do Paparazzo, um site voltado para notícias sobre celebridades, com foco em fotos e vídeos de flagrantes.

Resta agora acompanhar os próximos passos desse portal que, ao que tudo indica, continuará a expandir suas fronteiras e a transformar a forma como o jornalismo é consumido e produzido no Brasil. Quem sabe, daqui a 25 anos, estaremos revisitando essa história e nos surpreendendo, mais uma vez, com as transformações da globo.com.

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