A revolução nas relações
- 24 de novembro de 2020
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Começo essa edição com um questionamento: as pessoas são completamente substituíveis? Pergunto isso porque parece que o fato de não precisarmos mais de um garçom para pedirmos comida, de um atendente bancário para resolvermos nossas questões financeiras, entre outros exemplos em que as máquinas tomaram lugar do ser humano, nos dá passe livre para o descarte do indivíduo que se relaciona virtualmente. Se você ‘e essa pessoa que por alguma razão confunde os relacionamentos virtuais assim com o mesmo tratamento destinado a “siri” ou “alexa”, quero te lembrar de que do outro lado da tela, existe um ser humano, assim como você.
O conceito de amor líquido, desenvolvido por Zygmunt Bauman, explica o motivo pelo qual as pessoas têm dificuldade em manter relacionamentos de longa duração. E convenhamos, o mundo virtual facilita esse processo de descarte as pessoas. Se você não quer mais contato com alguém, você pode bloqueá-la, “descurtir”, seguir a vida.
Os aplicativos de namoro podem até substituir as relações presenciais. Mas quem utiliza esse meio para se relacionar precisa ter a consciência de que do outro lado existem sentimentos, assim como presencialmente. Os seres humanos precisam se relacionar. A pandemia da covid-19 vem aí para comprovar. A convivência presencial faz parte do desenvolvimento e evolução do indivíduo. Agora, se isso é uma experiência agradável ou não, é um assunto para outro dia.
A Edição 187 do Canal da Imprensa te dê uma experiência única de refletir sobre essa questão e melhorar forma com que você se relaciona virtualmente, ou não.
Boa experiência!