O ESTADO DE SÃO PAULO – A saúde segundo o Estadão
- 8 de junho de 2015
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- Thamires Mattos
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Aline Oliveira
Preocupar-se com a saúde não é só uma questão pessoal, também é pública porque ao afetar um indivíduo, concumitantemente afeta toda a sociedade. E é por esse motivo que as pessoas tem tanto interesse neste tema. Por isso, gostam de receber informações completas sobre como o governo brasileiro está trabalhando nas melhorias dos sistemas particular e público de saúde. E é ai que entra a responsabilidade da mídia perante a população. Divulgar informações que sejam do interesse público sem deixar nada de lado.
É possível notar que a editoria de saúde, assim como qualquer outra, se divide em interesse do público e interesse público. Em O Estado de São Paulo, o que predomina é o interesse público, ou seja, matérias que trazem informações importantes para toda a sociedade e não apenas para um grupo específico, como seria no interesse do público. A matéria Gasto público do Brasil com saúde é inferior à média mundial faz uma comparação das verbas para a saúde do nosso país em relação a outros, como EUA, Japão, Noruega, Portugal, etc. Nela é informado que quem paga mais pela saúde é o paciente, “no País, 47,5% da conta final da saúde é arcada pelo poder público, contra 52,5% da conta para o cidadão”, enquanto em outros países a situação é reversa. Ao final do texto, gestores do Ministério da Saúde declaram a existência de investimento crescente na saúde pública.
O veículo realizou uma entrevista com o ministro da saúde Arthur Chioro. Nela o ministro fala sobre possíveis cortes na saúde, o programa Mais Médicos e a dengue. “Chioro deixou claro que estuda cortes, mas ainda é direto ao pedir mais recursos para a área. Diz ainda que o envolvimento de cubanos no Mais Médicos deve ter chegado ao fim e ressalta, em relação à dengue, que não se deve ‘enganar a população’: a vacina não virá a curto prazo.” Os temas mais abordado foram a probabilidade de haver reduções na saúde e a maneira como Chioro pretende reverter a situação.
Em relação a saúde particular, o que mais recebe destaque são os planos de saúde, individuais e coletivos. Atualmente, há um projeto de lei em tramitação no Senado que visa impor regras mais claras com relação aos reajustes dos planos de saúde coletivos. A proposta foi apresentada pelo senador Cássio Cunha Lima do PSDB. O fato foi pautado pelo Estadão que escreveu a reportagem Projeto de lei quer regras mais claras para reajustes de planos de saúde coletivos. A reportagem expõe o que aconteceria caso o projeto de lei seja aprovado e, também, como deverá ser o procedimento da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A matéria ANS suspende venda de 87 planos de saúde de 22 operadoras apresentou motivos que levaram a suspensão de planos de saúde pela agência. “Das 22 operadoras com venda suspensa neste novo ciclo, 8 já tinham planos em suspensão no período anterior e 14 operadoras não constavam na última lista.” Na matéria há um link que direciona ao site da ANS, o qual expõe os planos suspensos.
O Estadão também mostra as atitudes do Ministério da Saúde com relação ao combate ao mosquito da dengue. “Cidade de Limeira vai testar novo inseticida contra dengue”. Após a ausência do produto Malathion nos estoques do governo, o Ministério da Saúde dispõe de um novo produto, o Lambdacyhalotrina 5 CE, mas não se sabe ainda a eficiência do mesmo. Além disso, o veículo aponta outras cidades do interior de São Paulo que estão enfrentando problemas com o mosquito e explica ainda como se pode evitar a dengue.
O jornal O Estado de S.Paulo levantou, nas últimas semanas, questões que afetam a vida do brasileiro. Aqueles que dependem da rede pública de saúde e os que utilizam do particular. Mostrou que a saúde do Brasil não tem qualidade consolidada e demonstrou quais são as medidas tomadas pelo governo com relação a isso. Educou seu leitores e acima de tudo trouxe informações coerentes. Tudo o que se espera de um jornalismo consciente.