Vacina, sim, pelo bem das crianças!
- 17 de junho de 2019
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- Thamires Mattos
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Na discussão sobre vacinar ou não, a CNN fica ao lado da ciência
Gabriel Buss
Há alguns anos, a discussão sobre vacinas ganha forças mundo afora. Embora os dados dos últimos anos retratem o aumento da vacinação da população contra várias doenças, um grupo de pessoas tem crescido na contramão desses índices. Os chamados “antivacinas” são majoritariamente compostos por pais de crianças. Eles defendem que as vacinas são as causas de certas doenças, e não servem como métodos preventivos eficazes. O gigante canal americano Cable News Network – mais conhecido como CNN –, traz reportagens sobre o assunto a partir de 2014. São depoimentos de pais, e, até mesmo, declarações de parlamentares. Na época, um deles chegou a afirmar que o autismo está ligado com a vacinação das crianças. Essa teoria foi refutada cientificamente.
Todavia, para falar sobre esse assunto tão delicado, a emissora também trouxe médicos para dizer que não existe veracidade nessa ligação e afirmar que ela é arbitrária e sem base em nenhum dado. O médico Sanjay Gupta, presente várias vezes nos debates de saúde da CNN – uma espécie de Drauzio Varela –, reforçou que cientistas ainda não haviam descoberto as verdadeiras causas do autismo, mas já sabiam que as vacinas não possuíam nenhuma ligação com a doença.
Fatos sobre vacinação
Por possuir uma linha editorial que foca em políticas de vacinação, a CNN produziu conteúdo para descrever como o processo de imunização funciona ainda em 2015. O vídeo, intitulado “Vaccine Fast Facts”, é de pouco mais de dois minutos, e procura educar o telespectador sobre os benefícios e a importância das vacinas, além de seus efeitos colaterais.
Em 2016, a propagação do Papiloma Vírus Humano (HPV) sofreu um boom nos Estados Unidos. Assim, a esfera pública ficou mais aberta às discussões sobre imunização, suas importâncias e riscos. O HPV infecta a pele e as mucosas, podendo causar câncer. Na época, o canal foi enfático em sua defesa da vacina contra o vírus ao produzir uma reportagem especialmente para pais de crianças pequenas.
Três anos se passaram e a emissora se mantém firme em defender as políticas pró-vacinação. Em abril deste ano, uma reportagem foi produzida sobre cobranças do Centro de Controle de Prevenção de Doenças dos EUA, declarando que as autoridades de saúde pública precisavam reagir ao grupo antivacina. Um mês depois, a CNN Business, pertencente ao grupo do canal, entrou com um pedido junto ao Instagram para retirar a #VaccinesKill, que significa “#VacinasMatam”, em português. A hashtag estava crescendo rapidamente na rede social.
Diferente de muitos canais aos quais estamos acostumados, a CNN não colocar no ar apenas o que segue estritamente sua linha editorial. Ela vai além, e age em defesa do que acha necessário. O exemplo de entrar com um pedido para banir uma hashtag é prova disso. Não obstante, a emissora também utiliza de histórias reais e dados sobre a importância da vacina, assim como as consequências da falta dela na vida de uma pessoa dentro de suas reportagens. Essa mescla promove reflexões com o intuito de educar os telespectadores. A CNN sempre terá sua opinião sobre assuntos de relevância, sejam políticos, culturais, ou de saúde –, e a defenderá com unhas e dentes.