Futebol feminino: crescimento em meio à desconfiança
Theillyson Lima
Falar de futebol feminino em um país que tem essa modalidade como protagonista é sempre um desafio. Apesar do grande interesse existente, ele se torna menos e uma fábrica de “polêmicas” quando falamos das mulheres jogando. Dúvidas sobre qualidade do esporte, investimento e futuro são comuns, entretanto, em sua maioria são analisadas de forma rasa e simplista.
É por este estilo de análise e avaliação que vemos comentários pejorativos nas redes sociais, desinformação e desmerecimento. A Copa do Mundo feminina, encerrada no dia 20 de agosto, escancarou alguns desses preconceitos, mas também trouxe reflexão sobre outros aspectos que estão em evolução no futebol feminino.
Uma cobertura mais completa nas transmissões do YouTube permitiu que um público que não tinha acesso aos jogos, consumisse esse conteúdo novo. Ao assistir alguns desses jogos, percebi que existem pontos claros de evolução no esporte, como o melhor preparo das goleiras e dinâmicas de jogo cada vez mais interessantes.
A comparação com o futebol masculino, entretanto, ainda é desigual, visto que ele existe há mais tempo, além de contar com um investimento e profissionalismo mais consolidados. Mesmo com essas desvantagens, o crescimento do futebol feminino está sendo constante, ainda que isso não seja refletido nos resultados da Seleção Brasileira, o que é assunto para outro tópico.
Nesta edição do Canal da Imprensa, aproveitamos a Copa do Mundo feminina para analisar alguns aspectos relevantes no futebol feminino, como audiência, patrocínio, cobertura nas mídias tradicionais, a participação da mulher no jornalismo esportivo, entre outras pautas que instigam e trazem reflexões.
De modo especial, vale a pena ler nossos textos de debate, que avaliam a necessidade de adaptações no futebol feminino. Será que precisamos diminuir o campo? Reduzir o tamanho do gol? Realizar jogos mais curtos? Leia, faça sua análise e deixe o seu veredicto, mas lembre-se: o futebol feminino está crescendo, e quanto a isso, não há caminho para o retrocesso.
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