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Divertidamente: entre o imaginário e o real

  • 25 de novembro de 2019
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  • Thamires Mattos
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Como ilustrar a maneira certa de lidar com as emoções para o público infanto-juvenil? O longa-metragem da Pixar aceitou o desafio

Thaina Reis

Alegria, tristeza, medo, raiva, e, até mesmo, desgosto. Esses são sentimentos decorrentes na vida e todos nós aprendemos a como reagir a eles com o passar dos anos. Mas como explicar isso a crianças? Parece ser um grande desafio aos formadores de opinião ensinar aos pequeninos a lidar com questões do coração e da mente. A Disney Pixar aceitou o desafio e criou um novo universo que divide as emoções em personagens, transformando o cérebro em uma grande sala de controle.

Divertidamente conta a história do que se passa na cabeça da menina Riley, de 11 anos. Desde o momento que ela abre os olhos até o findar do dia, os quatro sentimentos citados acima dominam suas ações, e sempre foi assim. Sua vida parecia ser perfeita: era filha única, tinha amigos por toda parte em seu estado natal – Minnesota –, jogava em um time de hóquei e amava a bagunça que fazia com os pais. Mas tudo estava prestes a mudar. Seu pai é transferido para o outro lado do país: São Francisco, na Califórnia. Os hormônios a flor da pele, a insegurança e apreensão são relatados de maneira criativa nesse longa-metragem.

Quando criança, qualquer faísca de problemas que surgem serve como combustível para o que se torna uma explosão na pré-adolescência. Como ilustrar a maneira certa de lidar com a bomba de emoções para o público infanto-juvenil? Neste filme, as sensações não param. Mudar de casa, fazer novos amigos, entrar em outra escola. É comum que as coisas não saiam do jeito que planejamos. Durante a maior parte dessa loucura, a Raiva, o Medo e a Desgosto (que lida com vários tipos de incômodos) ficam na “sala de controle” da Riley, e o caos se instala. Lidar com todos os acontecimentos não foi fácil, e, em um momento que a Raiva falou mais alto, ela não vê outra saída a não ser fugir de casa.

Riley deixa para trás a família, a amizade e a honestidade. Ela passa por um misto de confusão, mas não sentia mais Medo, Alegria ou Raiva. Seu coração estava frio demais para tudo isso. Mas, com um simples toque, o filme ilustra um dos conceitos mais abstratos da mente humana: a Tristeza. Ela nos deixa inquietos, melancólicos e com saudade. Em um piscar de olhos, Riley volta para casa e se dá conta que o verdadeiro lar é no abraço dos pais.

Em Divertidamente, é possível entender como a mente funciona. Nossas decisões podem – e, muitas vezes, são – controladas por sentimentos. Se tomadas da maneira errada, podem trazer consequências irreparáveis. O cérebro é um verdadeiro arquivo de memórias, então, é natural que certas recordações sejam esquecidas com o passar dos anos, e todas as memórias são fixadas pelas emoções. Não existe um sentimento realmente ruim: todos são necessários para manter um equilíbrio. A tristeza é fundamental para o processo de criação e educação. Sem ela, não há arrependimento ou mágoa. Muita alegria é prejudicial: durante o filme, é perceptível que viver o tempo inteiro com otimismo acaba nos cegando em um mundo onde sentir medo, nojo e descontentamento é necessário para sobreviver.

O filme termina com a Riley entrando no período da adolescência. O gostinho de quero mais é firmado quando ela conhece um rapaz que se apaixona por ela à primeira vista. Com humor, o longa retrata que todos nós passamos por problemas na “sala de controle”. Ao ilustrar o que se passa na cabeça dos pais e outros adultos, a obra da Disney Pixar mostra rapidamente que eles também enfrentam problemas de adaptação, estresse no casamento, insatisfação no mercado de trabalho, entre outros. É importante instruir o pequeno telespectador a lidar com os sentimentos. Esse aprendizado é para a vida inteira.

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