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Criatividade: o ócio também cria

  • 1 de dezembro de 2021
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Para grandes ideias e descobertas, descanse e observe 

Hellen Piris

O jovem Newton observava a paisagem verde e a brisa suave do norte da Inglaterra bagunçava delicadamente seus cabelos ondulados. O ano era 1666, e o cientista de 23 anos passava uma temporada na propriedade rural de Woolsthorpe, lugar onde nasceu e foi criado pelo seu avô. Seus olhos curiosos captavam cada tom de verde diferente das diferentes árvores, e suas costas descansavam no tronco da velha macieira do fundo do quintal. De repente, um golpe seco interrompe o silêncio do cenário e seus barulhentos pensamentos. Newton olha para sua esquerda e vê a protagonista de tal balbúrdia. Uma maçã. Pelo menos essa é a história que conta a lenda. 

Criatividade versus trabalho 

Uma das quatro forças fundamentais da natureza foi descoberta durante um momento de descanso. Enquanto o cientista, físico e matemático Isaac Newton estava “fazendo nada” no seu quintal, uma maçã caiu do alto da árvore, a partir disso, Newton começou a analisar e compreender que a mesma força que fez cair a maçã, mantinha a lua em sua órbita em torno a terra. 

Este é apenas um exemplo do poder que existe nos momentos de ociosidade e em permitir que o cérebro descanse, além das horas de sono noturnas. Esta atividade ainda é pouco colocada em prática e até julgada pela sociedade industrial que visa a mega produtividade como meta de vida. 

Séculos atrás, o cotidiano era dividido em trabalho e lazer. Nossos antepassados tinham a compreensão de que a vida não podia ser resumida a uma carga horária e ao único objetivo de produzir. A sociedade contemporânea também tem a mesma compreensão, na teoria, já na prática é feito o oposto. Indivíduos que completam longas horas de trabalho, não tiram férias ou separam momentos de descanso, são admirados e considerados exemplos de profissionais. De fato, o trabalho dignifica o homem, mas o excesso dele, o adoece, desgasta e o torna inútil. 

O poder que há no “fazer nada”

Ser protagonista de descobrimentos científicos, desfrutar de uma mente infinitamente criativa e ter sempre uma boa ideia na ponta da língua é a utopia da sociedade e o desejo das massas. O ser humano anseia ser destaque. Contudo, uma mente que evita o descanso e carece de tempo para “fazer nada”, não tem a capacidade de criar, desenvolver e descobrir novas coisas. 

Segundo a pesquisadora e professora de educação, psicologia e neurociência  Immordino-Yang, “o equilíbrio é necessário entre a atenção exterior e interior, já que o tempo gasto com a mente vagando, refletindo e imaginando também pode melhorar a qualidade da atenção externa sustentada”. 

O indivíduo que deseja desfrutar de uma imaginação rica, precisa investir tempo de qualidade no descanso da sua mente e na reflexão do externo. Quando o homem se detém para observar e refletir, o mundo parece começar a abrir um leque de possibilidades e novas interpretações de si mesmo, muitas vezes ignoradas pelo frenesi diário. É nesse leque que é possível encontrar inspiração e estímulo para a criatividade. 

Para ser mais produtivo, pare

Quem pratica regularmente o exercício da contemplação e separa um tempo para repousar a mente, usufrui de benefícios, tanto físicos quanto psicológicos. Exercitar o ócio permite que o indivíduo descubra atividades que são do seu agrado e consequentemente, que ele se conheça e entenda melhor a sua própria maneira de ser criativo, principalmente, de se entender como tal. Além disso, a ansiedade, estresse e falta de concentração devido ao esgotamento mental e físico são reduzidas e controladas durante a inatividade. 

Em suma, permitir-se descansar oferece uma possibilidade muito maior de rendimento do indivíduo e garante uma capacidade criativa melhor articulada e aproveitada.

A criatividade está em você 

Lembra de quando você era criança e as possibilidades de criação pareciam infinitas?

Sempre havia uma nova cor para colorir a folha em branco, um novo desenho para fazer com o lápis. Os sabores variados e exóticos das frutas, as paisagens coloridas durante as viagens envolviam seus sentidos e sua imaginação era guiada por cada descobrimento feito dia após dia. A infância de fato acabou, mas a essência criativa que há no seu interior, não. Ela continua no mesmo lugar e com uma complexidade muito maior, apenas permita-se descobri-la-la e utilizá-la. 

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