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Conservadorismo: uma onda ou um oceano?
Theillyson Lima
É só gastar alguns poucos minutos em uma rede social qualquer, que os posts realçando características do conservadorismo devem aparecer. Ainda que essa não seja a bolha do seu algoritmo, é normal que de vez em quando conteúdos que ressaltam tradicionalismos, família e costumes entrem no seu feed.
Em uma visão generalista, é possível acreditar que o conservadorismo está em alta na internet, especialmente nas redes sociais. Se no passado não tão distante o que se destacava era o conteúdo mais progressista, hoje ele continua tendo o seu espaço, mas sofre constante ataque de haters conservadores.
Alguns fatores potencializam essa virada de assunto, como o fortalecimento de políticos conservadores, como Trump, Milei, Bolsonaro e Marine Le Pen. A influência de tais líderes e os milhões de eleitores que os colocaram nas posições que alcançaram, atestam que existe público para ideias semelhantes.
Diante dessa percepção, alguns movimentos de empresas, conglomerados de comunicação, famosos e políticos, começam a chamar a atenção. As pautas desses grupos se direcionam a assuntos mais tradicionais, menos polêmicos e que exaltem os hábitos conservadores. Aqueles conteúdos mais inovadores e que quebram paradigmas, vão dando espaço a comunicações mais simples e menos inclusivas.
Cancelamentos de séries e filmes, mudanças de roteiro, fechamentos de programas de inclusão são alguns dos sinais que demonstram esse direcionamento ao conservadorismo. E aí que eu te pergunto: não parece muito conveniente mudar o posicionamento quando isso traz “retornos”?
Pensando nisso, esta edição do Canal da Imprensa busca analisar o crescimento do conservadorismo que acontece em diferentes realidades. Desde os políticos, liderados por Donald Trump, até as pessoas que mudaram o posicionamento pessoal em suas redes sociais.
A ideia é entendermos se o conservadorismo é uma onda, um posicionamento que vai de acordo com o retorno que oferece, ou se é um movimento consolidado e que deve continuar a se fortalecer. Leia, reflita e tire suas próprias conclusões sobre este tema relevante para os dias de hoje.
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