As cores do nosso dia a dia
- 29 de março de 2023
- comments
- Theillyson Lima
- Posted in Editorial
- 2
Theillyson Lima
Você já ficou em dúvida, ao responder um questionário, sobre qual é a sua cor? Essa não é uma questão para todos, mas faz parte dos questionamentos de uma grande parte da população brasileira. A dúvida entre o mestiço, pardo, preto, branco ou amarelo existe pela fragilidade das definições impostas pelo IBGE e outros centros de pesquisa.
A definição própria pode ser um problema, mas ainda passa longe de ser o maior quando falamos de colorismo e suas implicações. O assunto se torna mais complicado ao vermos o preconceito e os estereótipos que determinadas cores sofrem no dia a dia. Sendo assim, pior do que não saber se definir, é receber o preconceito equivalente a sua cor.
Podemos lembrar dos amarelos, que não são vistos dessa forma por grande parte da população. Os preconceitos com essa cor são conhecidos e muito reproduzidos, afinal, todos acham que os amarelos são inteligentes, estudantes de Federal, além dos chavões sexuais relacionados ao tamanho do pênis masculino.
Também é muito comum o processo de embranquecimento dos pretos. Isso acontece, em alguns casos, pelas próprias autoridades, que colocam a opção de pardo para diminuir a porcentagem da população preta em determinadas situações. Existem também as próprias pessoas que preferem escolher outra cor, tentando fugir do preconceito existente.
Quando falamos de colorismo, não podemos esquecer do que não é falado. Como assim? Muitas vezes o esquecimento de alguma cor, como a amarela, traz reflexões sobre a atuação da mídia nesse contexto. Um tema que não é falado ou citado, também deve ser um assunto para reflexão, afinal, por que não se fala disso?
Nesta edição do Canal da Imprensa, colocamos em discussão as cores existentes no Brasil e problemas que ultrapassam nosso país, como o colorismo branco e outras questões mais comuns nos Estados Unidos e na Europa. Foi uma edição de difícil escrita, pois apesar de entendermos a existência da questão, ainda faltava bagagem e conhecimento para escrever sobre a área.
Portanto, leia os textos com calma, com espírito aberto para entender novas ideias e refletir junto com a gente. A simples discussão sobre o tema levanta pontos importantes de reflexão, trazendo conhecimentos que podem nos tornar pessoas mais conscientes sobre este assunto tão importante.