Antes nada do que mal adaptado?
- 19 de abril de 2023
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- Theillyson Lima
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Theillyson Lima
Você com certeza já ouviu a expressão “antes só do que mal acompanhado”, mas será que ela serve para falar de adaptações de livros que se tornam filmes? Para alguns essa máxima é verdadeira, entretanto, outras obras cinematográficas são tão fiéis que encantam até mesmo os leitores mais fanáticos.
Quem gosta muito de um produto, seja um livro, uma música ou qualquer outra produção, costuma ter um carinho protetor. É normal querer que essas obras sejam reverenciadas, ou seja, que não se tornem acessíveis para uma grande população e, mais ainda, que não sofram adaptações para agradar um novo público.
O apego é tão grande ao livro que uma série, um filme ou qualquer outra adaptação costuma machucar o ego dos fãs mais ávidos. Essa perseguição se deve, na grande maioria, pelas adaptações feitas em relação à obra original. São nomes mudados, características físicas dos protagonistas, novos personagens, pessoas deixadas de lado, entre outras mudanças.
Muitas dessas adaptações são feitas pela necessidade de deixar a obra original no melhor formato possível, considerando as características do novo produto. Um filme não tem o mesmo tempo que um livro, não pode ser tão parado, precisa de mais ação, entre outras pequenas mudanças.
Entretanto, é normal encontrar transformações que não são apenas adaptações a um novo formato, mas uma mudança no enredo. São justamente essas mudanças que mais incomodam os leitores, afinal, por que mudar o nome de um dos protagonistas? Por que transformar um personagem masculino adulto em uma criança? Os exemplos são inúmeros e as justificativas insuficientes.
Apesar dessa grande insatisfação dos leitores, também podemos achar casos em que a adaptação cinematográfica é aclamada por todos os públicos. Ou seja, os fãs dos livros apoiam e, o novo público atingido, também engaja. Encontramos casos em que o caminho inverso é feito. A pessoa gosta tanto do filme que vai ler o livro para conhecer mais da história e aproveitar o universo.
É claro que não há como garantir que as adaptações sejam todas boas ou fiéis ao livro original, assim como existem filmes bons e ruins. Para atingir o público fiel, com certeza uma adaptação com poucas mudanças é mais segura. Entretanto, para alcançar um novo público, as mudanças da obra original não são tão relevantes.
Nesta edição do Canal da Imprensa, analisaremos 11 adaptações de livros que viraram filmes ou séries, analisando as características de cada obra e as mudanças que foram realizadas. Além disso, debatemos sobre a necessidade de ser fiel ao livro ou a exigência de oferecer elementos novos.
Aproveite para ler cada texto e, se gostar do que foi relatado, separe um tempo para ler os livros e assistir os produtos feitos posteriormente. Esse é um exercício legal e que nos leva à reflexão sobre as diferenças em cada formato midiático.