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A política está em tudo
Theillyson Lima
Em um país que vive uma disputa ferrenha sobre política, com uma polarização clara, é normal que o assunto seja considerado “espinhoso”. Aquela máxima de que religião e política não se discute, fica novamente em destaque e atinge uma parcela significativa da população.
Mas será que política não se discute? Será que é possível fazer diversas atividades sem de fato falar sobre isso? No fim das contas, todas nossas atitudes, escolhas e posicionamentos são assuntos políticos. Isso não significa que escolhemos partidos, políticos ou pessoas, entretanto, representa o que pensamos sobre vida, mundo e sociedade.
Podemos lembrar do posicionamento de Tiago Leifert, que falou que esporte e política não se misturam e foi duramente criticado por jornalistas, atletas e espectadores. Afinal, temos o movimento da democracia corintiana, temos os protestos de Colin Kaepernick na NFL e mais uma grande variedade de eventos que demonstram a importância de discutir esse tipo de assunto.
Se no esporte é assim, a música não é diferente. Todos os artistas têm suas preferências, conhecimentos, compreensões de mundo e ideias sobre o que seria um país melhor. É possível fazer uma carreira sem tocar em assuntos polêmicos? Com certeza. Porém, não é obrigatório agir dessa maneira.
Alguns vão se manifestar por meio da própria música, com letras provocativas, reflexivas e que demonstrem suas compreensões. Outros preferem se pronunciar claramente por meio da mídia, por suas redes sociais ou qualquer outro canal que dê espaço para discussões políticas.
Nesta edição do Canal da Imprensa, vamos analisar cantores, bandas e grupos que se posicionam em assuntos de interesse político por meio de suas músicas e posturas. São agentes nacionais e internacionais, que lutam por pautas como racismo, xenofobia, educação, pobreza, entre tantas outras.
É interessante notar a pluralidade de assuntos, criatividade nas composições e diversidade nos estilos musicais. Existe posicionamento no rap, no funk, no rock, no sertanejo e, por consequência, em qualquer estilo musical. Afinal, somos todos seres políticos!
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