A maior cobertura do Oscar
Theillyson Lima
Se você não falou de Oscar em nenhum contexto nas últimas semanas, pode se considerar alguém alienado. Gostando ou não do tema, o que podemos afirmar é que ele foi amplamente discutido nas mesas de família, nas conversas entre amigos e até mesmo nos bate-papos no trabalho.
Apesar de amplamente discutido nesses espaços, nossa preocupação é entender como a mídia abordou o tema Oscar, e por consequência, as indicações de “Ainda Estou Aqui” e Fernanda Torres. Apesar de não serem indicações inéditas para o cinema brasileiro, elas foram mais “fortes”, tiveram ampla cobertura midiática e aconteceram no período de apogeu das redes sociais.
O foco desta edição não foi entender a premiação em si, ou seja, o dia, quem ganhou, quem perdeu, mas sim como o tema foi abordado nas semanas que antecederam a premiação.
Um dos questionamentos feitos pela equipe do Canal da Imprensa é sobre o excesso de “torcida” brasileira pelos prêmios, o que chamamos de ufanismo. Por mais que Fernanda Torres e a equipe do filme tenham pedido que essa torcida fosse evitada, é fácil perceber que essa não foi uma realidade.
Por outro lado, como funciona a cobertura internacional quando falamos de filmes brasileiros? O cinema nacional tem relevância no mercado hollywoodiano e europeu ou são pequenos brilharecos que aparecem de tempo em tempo?
Além dessas questões, a disputa do Oscar levantou diversos temas interessantes de serem debatidos, como o comportamento dos indicados em redes sociais, a alta no tema da ditadura militar, a supervalorização de quem ganha, entre outros que podem estar passando na sua mente agora.
Nesta edição, nos debruçamos em entender algumas dessas polêmicas e visualizar de que modo a mídia, especialmente o jornalismo, retratou cada um deles. Diversos portais, jornais e revistas, tanto nacionais quanto internacionais, foram analisados para entender mais sobre esse processo.
Seja por motivos ufanistas, ou pelo conteúdo excessivo que a atualidade demanda, acredito que essa foi a maior cobertura do Oscar por parte do jornalismo. Entretanto, tamanho não é sinônimo de qualidade. E para você: o Oscar desse ano foi mais importante?
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