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Quando a sustentabilidade é prioridade

  • 6 de novembro de 2025
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  • Theillyson Lima
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A expansão dos cosméticos veganos redefine o conceito de beleza e impulsiona inovações no setor cosmético.

Príscilla Melo

O setor de cosméticos se destaca atualmente como um dos principais motores da indústria nacional. Segundo a Euromonitor International, o Brasil ocupa a quarta posição como o maior mercado de beleza e cuidados pessoais do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, China e Japão. Entre produtos para cabelo, pele e higiene bucal, o mercado movimenta cerca de R$26 bilhões, conforme a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC). 

De acordo com a Forbes, entre as indústrias do ramo, cinco empresas detém 47,8% do mercado brasileiro, entre elas estão Natura & Co, Boticário, Unilever, L’Oréal e Colgate-Palmolive Co. Segundo as últimas atualizações publicadas pela Anvisa em 2023, o Brasil tem 3.483 empresas atuando no mercado de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPPC).

Nos últimos anos, os cosméticos veganos vem ganhando destaque e conquistando cada vez mais o público, que busca unir beleza e responsabilidade. Uma pesquisa realizada pela V-Label International em 2023, apontou que 84% dos consumidores afirmam evitar a compra de produtos de beleza testados em animais. Além disso, 85% utilizam com frequência cosméticos veganos ou cruelty-free, e 86% demonstraram interesse em aumentar esse tipo de consumo.

Nova tendência

A busca por produtos sustentáveis se consolidou como uma das principais tendências do mercado de beleza atual. Marcas grandes e pequenas têm se adaptado ao novo ponto de atenção do público, investindo em embalagens recicláveis, redução no uso de plástico e substituindo ingredientes artificiais por opções de origem vegetal.

Entretanto, além de ser uma ação sustentável, essa é também uma ação estratégica da indústria dos cosméticos, pois os consumidores estão mais atentos à procedência e ao impacto ambiental dos produtos que consomem. Dessa forma, a sustentabilidade deixou de ser um diferencial e passou a ser uma exigência de mercado.

Livre de crueldade

O termo cruelty-free, traduzido como ‘‘livre de crueldade’’, é um rótulo que se refere a produtos fabricados sem nenhuma forma de exploração animal em sua composição, desde os ingredientes da matéria-prima até o produto final. A busca por produtos cruelty-free está diretamente ligada à preocupação com a sustentabilidade, ao priorizar o bem-estar animal e a preservação da natureza.

A Natura é um exemplo de empresa que propaga o cruelty-free. Desde 2006 a empresa de cosméticos não testa seus produtos em animais, e em 2018 chegou a receber a certificação de uma das mais antigas organizações na luta contra o fim de testes em animais, a Cruelty Free International, com o selo The Leaping Bunny, sendo a primeira empresa da américa-latina a ter essa certificação. 

No mesmo ano a indústria também recebeu o reconhecimento da People for the Ethical Treatment of Animals (PETA). Além das certificações, seus produtos são 100% vegetarianos, destes 80% são veganos, não possuindo nenhum tipo de derivados de origem animal em seus processos.

Em 30 de julho deste ano, ocorreu um feito histórico para a indústria de cosméticos no Brasil. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei nº 15.183/2025, que proíbe o uso de animais vertebrados em testes para cosméticos. Essa conquista colocou o Brasil no mesmo patamar de países que já adotaram restrições semelhantes.

Novas atitudes

Cada vez mais empresas têm reformulado suas linhas de produtos para eliminar ingredientes de origem animal e substituir substâncias tradicionais por alternativas vegetais ou sintéticas seguras. O Grupo Boticário, por exemplo, expandiu sua linha de cosméticos veganos nas marcas Eudora, Quem Disse, Berenice? e O.U.i, reforçando o compromisso com um portfólio livre de ingredientes animais.

Já a Simple Organic, marca brasileira de cosméticos naturais, tornou-se referência no país ao adotar uma produção 100% vegana e investir em transparência e rastreabilidade de suas fórmulas. A tendência vegana também impulsionou a inovação no setor, incentivando a pesquisa por novos compostos e alternativas tecnológicas que mantenham a eficácia dos produtos sem o uso de matérias-primas de origem animal.

Essa transição não apenas reforça valores éticos, mas também aumenta a competitividade das marcas junto a um público que associa beleza à consciência social.

Um futuro mais Vegan

Segundo a Vegan Cosmetics Market: Opportunities and Forecast, o setor deve crescer em uma média anual de 5,9% até o início da próxima década. De acordo com projeções da Allied Market Research, o mercado mundial de cosméticos veganos deve superar US$28,5 bilhões até 2031. 

Embora o avanço dos cosméticos veganos represente um marco importante na busca por uma indústria mais consciente, o desafio é garantir que essa transformação seja autêntica e acessível. Pois existem marcas que adotam o selo vegano como estratégia de marketing, sem um compromisso profundo com a causa. Mesmo assim, o crescimento do segmento mostra que a beleza deixou de ser apenas estética e se tornou também um ato político e de responsabilidade.

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