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Escândalo de celebridades e o mercado de apostas

  • 6 de novembro de 2024
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  • Theillyson Lima
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O mercado de apostas usou influenciadores para ampliar o público, mas escândalos geraram repercussão.  

Késia Grigoletto 

O ano de 2024 foi  repleto de acontecimentos no ambiente artístico por diversas razões, mas a principal delas, foi o envolvimento com crimes de vários nomes que de alguma forma são frequentes no dia a dia das pessoas, seja pela música ou pela influência do meio digital. É quase impossível não ter ouvido nomes como Jay-Z, P. Diddy, Gusttavo Lima, Ashton Kutcher, Leonardo, Beyoncé, Deolane, envolvidos (ou suspeitos de envolvimento) com crimes financeiros, como as apostas ilegais, sexuais ou de exploração. 

Nesse texto analisaremos como a mídia apresentou e quais foram as semelhanças e diferenças nas abordagens dos casos, do cantor Gustavo Lima e da advogada e influencer digital Deolane Bezerra , que tiveram seus nomes associados à operação integration, realizada pela polícia civil do estado de Pernambuco. A operação consiste numa apuração de esquema de lavagem dinheiro proveniente de jogos ilegais como o jogo do bicho e casas de apostas online, mais conhecidas como bets.  

Na manhã do dia quatro de setembro, o brasileiro se depara com a notícia de que a advogada criminalista Deolane Bezerra havia sido presa por uma operação da polícia civil, realizada no estado de Pernambuco. A ré foi acusada de estar envolvida com uma quadrilha suspeita de lavar dinheiro numa quantia de cerca de 3 bilhões de reais. 

Diante de todo esse espectro, Deolane não se demonstra abalada, pelo contrário, se porta como pessoa injustiçada, ridicularizando ou brincando com a situação. A mídia não fez um retrato diferente da situação ao ressaltar os fatos trazendo falas da acusada. 

A enjaulada 

Em uma de suas matérias explicando o caso, o G1 replicou o trecho final de uma carta publicada pela incriminada em suas redes sociais que dizia: “agradeço imensamente o carinho e o apoio de todos, tenham certeza que não irão se arrepender, afirmo com todo o respeito que tenho por vocês, sou inocente e não há uma prova sequer“. 

Esse agradecimento traz uma certa comicidade a situação, pois diante de uma quantidade considerável de provas que foram apresentadas pela justiça, optar por um comportamento tão leviano, demonstra a capacidade de duvidar da alfabetização de pessoas que consomem informações. A carta ainda foi finalizada em tom de descontração: “Exquece [sic] que a mãe tá enjaulada”. 

A CNN e o G1 também expuseram falas de Dayanne Bezerra, irmã de Deolane, que destacam: “mais uma vez, venho aqui por minha cara a bater e falar que estamos sendo perseguidas. E que vamos provar a nossa inocência, custe o que custar”. 

“Temos uma vida pública e temos um compromisso com vocês, seguidores. E antes que na mídia se espalhe mentiras e inverdades, que mais uma vez minha família está sofrendo, eu mesma venho aqui explicar o acontecido. Hoje pela manhã, a Polícia Civil do estado de Pernambuco, cumpriu um mandado de prisão preventiva contra minha irmã Deolane Bezerra e minha mãe, Solange Alves”.

Ou ainda, “espero que não venham especular e que não me perguntem nada. O que eu     tinha pra dizer, está dito aqui. E se eu tiver alguma atualização, eu venho falar”. 

Essas falas quando apresentadas pelos canais de comunicação, conotam a discrepância e a incoerência de um dizer repleto de irreflexão, visto que, Dayanne admite o compromisso que há com os seus seguidores, no entanto, poucas frases depois, alerta as pessoas para que não façam perguntas e tirem dúvidas. O questionamento a ser levantado com essas alegações é a razão de não poder questionar ou tentar entender visto que, a inocência e idoneidade é garantida com tanta veemência, encaixando perfeitamente o jargão brasileiro  “quem não deve, não teme” com o contexto. 

É claro que os canais de comunicação não levantam esses pontos de maneira explícita, pois apesar de não existir um jornalismo imparcial, é dever do jornal apresentar fatos para que o leitor interprete e tire suas próprias conclusões. A posição midiática dentro desse  panorama, além de sóbria, se faz correta e ideal, os relatos estão isentos dentro daquilo que é possível de opiniões e parcialidade, o papel de informar é alcançado com clareza e destreza.

O bilionário 

No dia 23 de setembro, um mandado decretando a prisão do cantor Gusttavo Lima foi expedido. Poucos momentos depois da expedição, o país inteiro sabia que existia a grande possibilidade do cantor ser preso, no entanto, no dia seguinte o mandado havia sido revogado. O cantor é acusado de ocultar 9,7 milhões de reais recebidos em dois depósitos  de jogos ilícitos da HSF Entretenimento e Produção de Eventos.  

Os veículos de comunicação procederam com condutas distintas nos dois casos. No caso do cantor, os canais explicaram que, o cantor possuía uma participação de 25% nos lucros da empresa Vai de Bet e que com relação aos dois contratos de venda de sua aeronave particular, explicou que o primeiro havia apresentado problemas por uma necessidade de manutenção do avião. 

Contudo, a imprensa não explorou a situação como na de Deolane. Esse fator é perceptível, por exemplo, na plataforma da CNN, que se você colocar o nome Gusttavo Lima na barra de pesquisa do site, poderá perceber que poucas são as notícias que exploram e demonstram uma preocupação em investigar o ocorrido. No entanto, se puser o nome Deolane Bezerra na mesma barra, surgem inúmeras notícias que a associam com o crime e que detalham as jóias ou carros que ela comprou com o dinheiro ilegal. Sem contar com o fato de que é impossível para a imprensa dissociá-la do PCC. 

Deolane se portou abertamente como perseguida e injustiçada de uma forma bastante expansiva. Gusttavo Lima, por sua vez, se pronunciou de maneira passiva, dizendo que estava em paz, que acreditava na justiça e que verificou com seus advogados, tendo a confirmação de que todos os seus negócios estavam conforme a lei permite. 

É claro que posturas tão discrepantes vão gerar diferentes opiniões. Porém, o jornalismo não deveria fortalecer, a opinião machista de que o Gusttavo Lima é apenas um bilionário que teve seu nome envolvido numa polêmica como se a gravidade do problema não fosse tão relevante, ao mesmo tempo em que Deolane é taxada ou representada como uma golpista, brega, influencer da própria marca de perfume. 

 

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