Tchau, não! Até ano que vem!
- 25 de novembro de 2019
- comments
- Thamires Mattos
- Posted in Editorial
- 0
Depressão, ansiedade, pânico. Palavras que definem doenças e síndromes “do século”. E, nesse mesmo período, vivemos um boom de informação. Está na palma de nossa mão; em um relógio aprimorado; em painéis, óculos, papéis e telas. Para quem vive em sociedade, é impossível fugir das tecnologias e suas desambiguações. Por muitas vezes, são colocadas como vilãs, quanto, na realidade, são sintomas de mudanças de paradigmas culturais e científicos.
Por vezes, esquecemos que em meio ao turbilhão de “novidades”, crianças precisam… ser crianças. Mas, afinal, o que é ser criança em uma era conectada, frenética e viciada em informação? O conteúdo audiovisual – seja televisivo ou feito para outras plataformas – parece guardar a chave para parte da resposta. O movimento e o som fascinam pequenos e pequenas de todas as idades. A fixação é tanta que há quem fale em “mensagens subliminares” que adentram mentes infantis. Tal tese foi refutada há décadas, mas ganha força em certos círculos sociais (e não intelectuais). Na realidade, o audiovisual pode ser tão – ou mais – educativo quanto livros. Há, para tudo, um momento e um equilíbrio de tempo gasto. Mesmo assim, privar a criança da vida comum me parece diminutivo à sua própria inteligência.
De outro lado, temos produtos supostamente feitos para crianças que estimulam a sexualização, o preconceito, a passividade e a futilidade. Fugimos propositalmente de tais conteúdos no 181º Canal da Imprensa. Em nossa última edição do ano, queremos deixar boas mensagens aos/às leitores/as. Se você convive com crianças, procure introduzi-las a bons programas. E, em todo caso, aproveite para lembrar de sua infância ao passar por cada texto.
Assim como o episódio piloto de Castelo Rá-Tim-Bum, dizemos: “Tchau, não! Até amanhã!”; ou, em nosso caso, 2020.
Tenha um bom restante de 2019 e uma ótima leitura,
Thamires Mattos
Editora-chefe do Canal da Imprensa