A Amazônia pede socorro

Com o alto índice do número de queimadas no Brasil, é hora de nos conscientizarmos e agirmos em prol da preservação do maior reservatório de biodiversidade do mundo

Eduardo Arantes

Os debates sobre o “pulmão do mundo” têm tomado força após os números divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) de desmatamentos e queimadas realizadas na área aumentarem absurdamente nos últimos anos. Por isso, a mídia, por meio de jornais televisivos e portais de notícias, têm se empenhado no trabalho de relatar os problemas da ação humana contra a natureza e alertar a população da importância da preservação da maior floresta tropical do planeta.

Ao analisarmos friamente os efeitos das queimadas na região, podemos ver que as consequências das ações humanas nas florestas variam entre a diminuição do oxigênio e chuva, além de aumentar ainda mais a temperatura da Terra.

O jornal paranaense Gazeta do Povo se posicionou sobre o tema. O periódico possui diversos artigos que trazem a opinião de jornalistas e especialistas contra as queimadas. Além disso, traz ao leitor os pronunciamentos das autoridades sobre esta questão. Um exemplo que ilustra bem a abordagem do Gazeta é a matéria divulgada em 31 de agosto deste ano, quando Joice Hasselmann – Deputada Federal em São Paulo pelo Partido Social Liberal (PSL) – afirmou que, ao sobrevoar a floresta amazônica, só via um “mar de mata”. Dessa maneira, negou a ação humana contra o maior patrimônio do país.

Mesmo sendo conhecido por sua linha política conservadora, o Gazeta do Povo não deixa de falar sobre as queimadas na maior área florestal do planeta e também em espaço local. A preocupação é tão antiga que o periódico divulgou, em 21 de agosto deste ano, dados do Inpe que revelam a adição do Paraná às queimadas brasileiras. O estado é responsável por 12% delas, com 1695 registradas durante o período. Esse é o segundo maior índice de incêndios florestais nos últimos sete anos.

Outro artigo que chama atenção é a respeito da soberba do Governo Federal ao recusar auxílio financeiro internacional para solucionar os problemas dos incêndios. Países como Inglaterra, França e Alemanha ofereceram ajuda, mas o governo Bolsonaro se negou a aceitar este tipo de auxílio, e garante que o Brasil tem capacidade para resolver o problema sozinho, mesmo enfrentando uma crise econômica e com enorme dívida externa.

Além disso, o jornal ainda critica de maneira veemente a falta de fiscalização por parte de instituições como o Ibama e Forças Armadas na proteção das áreas de foco dos incêndios ilegais na floresta. Um dos episódios ilustrativos foi visto quando o governo mandou o exército ir para essas zonas por apenas 30 dias, ao invés de por tempo indeterminado ou até a situação ser amenizada.

Visando uma solução, o Gazeta do Povo apresenta ao leitor um artigo relevando atitudes que podem ser tomadas a fim de combater o desmatamento e os incêndios em áreas florestais pelo país. Esse tipo de conteúdo mostra como é pertinente criarmos consciência das mudanças climáticas e de seu alcance mundial, e que está em nossas mãos cobrarmos as autoridades pela preservação e segurança do maior depósito de biodiversidade mundial.

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