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Tudo vale em nome da arte?

  • 10 de novembro de 2021
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Essa não é a primeira vez - nem a última - que humoristas prestam contas à justiça em razão de sua ‘arte’.
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Mesmo após a infração de leis, alguns comediantes defendem piadas com cunho intolerante para promover a arte

Esther Fernandes 

Os humoristas Dihh Lopes e Abner Henrique foram investigados pela Polícia Federal e tiveram que prestar esclarecimentos após denúncias de capacitismo. As acusações ocorrem depois do um show de stand-up comedy realizado pela dupla em agosto de 2019. Durante a apresentação, os comediantes fizeram uma série de piadas sobre uma banda de rock composta por autistas.

Em nota, eles alegaram que o tom das piadas faz parte de uma categoria chamada de “humor negro”, que explora temas sensível de maneira cômica e pitoresca. “A arte pode ser controversa e nunca vai agradar a todos. Entendemos que em momento nenhum ultrapassamos o limite da comédia, que é a nossa arte. Pelo contrário, estávamos ali para entreter o público pagante que, certamente, nos acompanha no show por gostar do nosso tipo de comédia”, declara Dihh Lopes e Abner Henrique.

Essa não é a primeira vez – nem a última – que humoristas prestam contas à justiça em razão de sua ‘arte’. O apresentador e comediante Danilo Gentili foi condenado a pagar R$ 200 mil reais à doadora de leite após comparar a mulher a ator pornô no programa televisivo “Agora é Tarde”. O ex-apresentador do programa da Band, CQC, Rafinha Bastos também enfrentou uma batalha judicial contra a cantora Wanessa Camargo após o humorista alegar que “comeria Wanessa e o bebê”, quando ela estava grávida.

A grande repercussão de alguns casos, como os de Wanessa e Rafinha, levantou a discussão sobre a liberdade de expressão e se há limites para o humor. Há quem defenda que a existência de regras de conduta e códigos morais para algo tão livre quanto o humor fere o princípio fundamental da piada. Afinal, piada é piada e brincadeiras não devem ser levadas ao pé da letra. Consequências judiciais são um clássico exemplo de censura e repressão. 

Entretanto, é necessário se atentar de que, nos casos citados e em diversos outros momentos, não houve censura dos comediantes. Eles expressaram suas ideias de forma livre e exploraram a arte da forma que lhes fora conveniente. O que aconteceu foi a consequência de suas falas e esse movimento de ‘ação e reação’ não foi estabelecido recentemente. Todos que expõem suas ideias são vítimas de suas palavras. 

Outro ponto que deve ser observado é de que toda conduta deve estar sujeita à Constituição e às Leis. Afinal de contas, aqueles que defendem o direito de se expressar estão afirmando uma garantia fundamental. Ou então as leis devem apenas ser aplicadas em alguns momentos e em outros devem ser ignoradas para atender os desejos intolerantes de uma sociedade contraditória? 

Consequências civis e criminais são fruto de ações que violam a integridade do outro. Aqueles que defendem um humor livre de patrulhamento e a liberdade de expressão sem princípios, velam seus preconceitos disfarçados de piada.

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