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Mais armas, menos mortes?

  • 18 de abril de 2019
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  • Thamires Mattos
  • Posted in Debate
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A ideia de que o número de mortes tende a diminuir armando os cidadãos não é comprovada

Eduardo Arantes

Há muito tempo discute-se a flexibilização ou limitação do acesso para a população sem antecedentes criminais a ter posse de armas de fogo como forma de autodefesa pessoal ou patrimonial. Muitos afirmam que, com a alteração no Estatuto do Desarmamento, apenas a parte da sociedade que não tem envolvimento com o crime será afetada. Os criminosos, por outro lado, pouco se importam com as proibições ou autorizações legais e continuarão tendo acesso a estes artefatos.

Outras inquietações existem em relação aos efeitos do armamento da civilização, como o possível aumento da violência nas situações cotidianas e a maior facilidade de acesso dos criminosos a estas armas, que estariam, então, em posse da população civil. É importante lembrar que o comércio de armas de fogo, acessórios e munição no Brasil não foi proibido pelo Estatuto do Desarmamento, já que, no referendo realizado em outubro de 2005, 63% dos brasileiros votaram a favor da comercialização desses utensílios.

Discussões sobre o Estatuto do Desarmamento voltaram à tona após a eleição do presidente Jair Bolsonaro, já que o armamento civil era uma de suas principais propostas para melhorar a segurança no país. Porém, a ideia de que o número de mortes tende a diminuir armando os cidadãos não é comprovada. Países desenvolvidos que são adeptos à vertente armamentista, como os Estados Unidos, sofrem com o despreparo das pessoas com o porte legal de armas.

Além disso, dados de 2016 proporcionados pela Pesquisa Global de Mortalidade por Armas de Fogo mostram que o Brasil apresenta maior número de homicídios por arma de fogo no mundo, ultrapassando, inclusive, os Estados Unidos. A questão a se pensar é: a população brasileira está preparada mentalmente e emocionalmente para estar armada?

Nos noticiários, vemos diversos casos de cidadãos que cometem crimes hediondos por portarem (legalmente ou não) armas de fogo. Facilitar a compra de armas para a população é apenas uma maneira de tentar revidar às ações dos criminosos. Isso elevaria ainda mais o número de homicídios no país. Armar civis, neste caso, seria um retrocesso na busca pela paz. Muitos têm a falsa ilusão de que, ao serem abordadas por um bandido, conseguirão reagir rapidamente, e o criminoso levará a pior. Este pensamento é conhecido como Síndrome do Super-Herói.

A solução ideal para evitarmos viver num Brasil onde a violência e a intolerância imperam não é dar armas para a população, e, sim, retirar as armas dos criminosos. Combater fortemente o tráfico de armas e lutar contra as corrupções dentro dessas corporações é uma medida urgente. Além de tudo isso, é necessário prestar uma atenção especial à educação, para que nossas crianças cresçam menos violentas. E, por fim, é preciso treinar a mente e o coração para sermos menos agressivos em nosso dia a dia.

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